O Ejército del Aire da Espanha (EdA) vai equipar a sua frota de Airbus A400M com um sistema embarcado de monitoração para operações de lançamento de paraquedistas (PQDs). O equipamento oferecerá a opção da gravação de imagens para posterior análise da trajetória dos lançamentos. O investimento será de € 33 mil para equipar a frota de A400M com câmeras, acessórios e suporte técnico. Os módulos serão facilmente montados e removidos dos A400M.
A Ala 31 irá realizar a total integração dos equipamentos e garantir de operacionalidade dos mesmos a bordo das suas aeronaves de transporte e reabastecimento em voo (T/TK.23). Estes novos módulos serão dedicados para garantir a capacidade dos lançamento automáticos e simultâneos de paraquedistas, que envolve grande complexidade técnica e aerodinâmica.
Para realizar estas operações com com segurança total, percebeu-se a necessidade de um sistema que permita a gravação de imagens dos lançamentos, para posterior análises das trajetórias de saída dos paraquedistas e a visão da separação relativa na saída da aeronave.
Os A400M enfrentaram problemas iniciais nas operações de lançamentos pelas portas laterais, envolvendo grande número de paraquedistas. Os testes de certificação desse tipo de salto começaram em 2016, com o lançamento de até 30 paraquedistas, e terminaram em maio do ano passado, com o lançamento simultâneo de 80 militares em uma única passagem.
Esse problema foi tornado público em 2015, durante uma apresentação do Diretor da Générale Direction de l’Armament (DGA), Laurent Collet-Billon, que alertou sobre a impossibilidade do lançamento múltiplo pelas portas laterais dos A400M, o que deveria ser realizado apenas pela rampa traseira principal.
A utilização de ambas portas laterais para saltos simultâneos, foi observado um fenômeno chamado “crossover”, onde ocorria a formação de turbulência que dificultava a saída com segurança da aeronave. A Airbus trabalhou na estrutura das portas laterais, ampliando a plataforma em cada saída, permitindo que o paraquedista faça um salto mais afastado da fuselagem, além da instalação de proteções defletoras maiores na frente das portas, com objetivo de reduzir o fluxo de ar naquela área.
@FFO