Em 06 de janeiro, o Governo Argentino publicou uma nota oficial rechaçando veementemente os exercícios militares realizados nas Ilhas Malvinas, envolvendo Forças Terrestres e da Aviação Naval da Marinha Real Britânica. O comunicado publicado no portal da Chancelaria Argentina, salienta que tais manobras foram realizadas em “território argentino ilegalmente ocupado”, e constituem em mais uma demonstração injustificada de força, afastando as possibilidades de que os países retomem as negociações pacíficas para a disputa que envolve as Ilhas Malvinas.
De acordo com Buenos Aires, a condução desse exercícios no Atlântico Sul, contraria a resolução 31/49 da Assembleia Geral das Nações Unidas, e também resolução 41/11 da Assembleia Geral (Zona de Paz e Cooperação no Atlântico Sul) que, entre outras disposições, exorta os estados de outras regiões, especialmente os estados militarmente importantes, que respeitem o Atlântico Sul como zona de paz e cooperação.
Coincidência (ou não), no último domingo (03/01), o Ministério das Relações Exteriores, Comércio Internacional e Culto da Argentina, publicou uma nota em seu site falando dos 188 anos da “ocupação britânica ilegal” das Ilhas Malvinas. Conforme a publicação, “os britânicos teriam expulsado a população e as autoridades argentinas estabelecidas legitimamente nas ilhas desde 1820, substituindo por seus súditos”.
A Argentina entende que, desde a sua independência, ela é a legítima herdeira dos territórios continentais, insulares e marítimos anteriormente pertencentes ao Reino de Espanha. Desta forma, exerceu legalmente a posse e soberania sobre esses arquipélagos, por meio de diversos atos de governo, designação de autoridades e a tomada de posse das Ilhas Malvinas em nome das Províncias Unidas do Río de la Plata.
A nota da chancelaria argentina de 06/01, termina com a reafirmação da sua soberania sobre as Ilhas Malvinas, Geórgia do Sul e Sandwich do Sul, as quais, estando ilegitimamente ocupados pelos europeus, são objetos de disputa conforme as resoluções da ONU.
@FFO