O novo Boeing 767-300ER VIP da Força Aérea de Israel (IAF), foi mais uma vítima do Covid-19. Apelidado de “Israeli Force One”, o novo avião está desde março de 2016 nas instalações da Israel Aerospace Industries (IAI) em processo de conversão para atuar em missões de transporte de autoridades, porém a sua entrega está atrasada e o orçamento estourado.
As viagens oficiais dos chefes de Estado de Israel são realizadas em aeronaves militares da IAF ou aviões comerciais da El Al. O elevado custo e a falta de sistemas de comunicações seguras e configuração adequada levaram à necessidade de um avião dedicado para o transporte do alto escalão.
Em 2014 foi autorizada a compra de uma aeronave para o transporte do Primeiro-Ministro e do Presidente em viagens ao exterior. A vencedora do contrato foi a IAI, que adquiriu o Boeing 767-300ER (c/n 30186) ex. Qantas Airways (VH-OGV). A conversão foi realizada no hangar da IAI do Aeroporto de Ben Gurion (LLBG), onde a nova aeronave recebeu sistemas de autoproteção contra ataques mísseis e reconfiguração interna, com sala de conferência equipada com os mais modernos sistemas de comunicação segura por satélite.
Em novembro de 2019, o vistoso Boeing 767-300ER, ostentando uma pintura branca e azul, matrículado 4X-ISR “Kanaf Zion” (Asas de Sion), realizou o primeiro voo de testes. Até o início de 2020 foram realizados alguns voos de experiências, mas a chegada da pandemia global Covid-19 congelou todos os testes a partir de março. A ordem veio do Gabinete do Primeiro Ministro Benjamin Netanyahu, que segundo a agência de notícias israelense Ynet, tomou a decisão por conta das críticas públicas sobre o alto custo do projeto, estimado em aproximadamente € 213 milhões.
O atual clima político e econômico em Israel, não favorece para que o novo jato seja utilizado por Benjamin Netanyahu e pelo Presidente Reuven Rivlin, em um futuro próximo. Por conta disto, a IAI realiza regularmente voos de teste para garantir o funcionamento de todos os sistemas. Segundo informações a aeronave será transferida para a Base Aérea de Nevatim, sul de Israel, onde a IAI continuará responsável por sua manutenção preventiva.
@FFO