Depois de exercícios como Red Flag (Bandeira Vermelha), Orange Flag (Bandeira Laranja), Emerald Flag (Bandeira Esmeralda) e Green Flag (Bandeira Verde), Nellis AFB irá realizar em 2021 a primeira edição do Black Flag (Bandeira Negra). O novo exercício que segue os moldes dos anteriores, ou seja, primar pela alta densidade operacional e realismo, foi confirmado dia 15 de dezembro pelo comandante do Air Combat Command (COMACC) General Mark D. Kelly, ao assinar o COMACC Plan 21. A Black Flag será realizada na casa da 53rd Wing, isto é, Nellis AFB, que também organiza etapas das Bandeiras Laranja, Vermelha e Verde.
A Bandeira Negra será um evento focado exclusivamente no desenvolvimento de testes e táticas em uma força realística e concentrada, totalmente integrada, ambiente de alta densidade de ameaças – afirma o COMACC.
Estabelecido como contrapartida ao Red Flag, o exercício foi projetado para ser um exercício tipo “treinar como lutamos”, permitindo a USAF um ensaio muito próximo do que seria um combate real. Enquanto o Red Flag aumenta a prontidão, o Black Flag aumenta a capacidade.
“O Black Flag é, em última análise, uma arena de testes de ponta para criar e descobrir recursos utilizando materiais existentes e emergentes. O maior benefício do Black Flag é que é uma iniciativa tática com impacto estratégico. Os guerreiros sabem que a inovação acontece na interseção de armas e táticas – e é aí onde ocorre a integração”.
Tenente-Coronel Mike Benitez, – 53rd Wing e diretor de projetos do Black Flag.
O Black Flag permite que várias áreas de desenvolvimento de teste e tática sejam executadas em um único evento, ao mesmo tempo em que cria um ambiente para validar adequadamente as propostas de melhoria de táticas apresentadas por líderes seniores na Conferência anual de armas e táticas (WEPTAC – Weapons and Tactics Conference), garantindo em última instância o guerreiro tem as táticas mais avançadas e letais quando precisa delas.
Como a única responsável por exercícios, testes operacionais e desenvolvimento de táticas para toda a frota de caças, bombardeiros e aeronaves remotamente pilotadas da USAF, a 53rd Wing está preparada para executar o Black Flag.
“O Black Flag acelera meses de trabalho e os combina em um evento de teste de grande força de alta tecnologia. Como o combate é um grande emprego de força, o teste também deve incluir um grande emprego de força”.
General Mark Kelly, comandante do Air Combat Command.
Embora o COMACC Plan 21 tenha formalizado o exercício Black Flag, o conceito em si não é novo. Os idealizadores de exercícios operacionais da USAF há muito têm a tarefa de testar, em um ambiente realista de de massa, a capacidade operacional das unidades. A 53rd Wing provou a eficácia do conceito Black Flag por meio de recentes eventos de teste em agosto de novembro deste ano. A Black Flag irá completar uma tríade de testes ao lado das bandeiras laranja e esmeralda que seguem conceitos similares.
Ainda não se sabe se, como na Red e Green Flag, por exemplo, haverá participação de unidades não americanas, isto é, se estrão presentes unidades da OTAN por exemplou ou de aliados fora da Europa. É bem provável que a edição 1 da Black Flag seja apenas com a participação de unidades da USAF e talvez da USN. Também não foi divulgada uma data, apenas que será e 2021, provavelmente no primeiro semestre.
@CAS