A Reuters informou em 22 de dezembro que a empresa italiana Leonardo teve arquivos hackeados e roubados entre 2015 2017. O inquérito, que está em andamento, foi conduzido pelas divisões de crimes cibernéticos da polícia italiana em Roma e Nápoles e por promotores de Nápoles. Tudo começou em janeiro de 2017, quando Leonardo comunicou à polícia após uma investigação interna sobre uma saída anormal de dados de alguns de seus computadores.
A polícia começou a investigar. No inquérito de 108 páginas visto pela Reuters, o juiz que cita evidências de que um dos computadores que foi hackeado pertencia a um técnico de Leonardo que trabalhava no sistema eletrônico do nEUROn, uma aeronave militar experimental não tripulada projetada em 2012 no âmbito de um programa de defesa europeu.
Duas pessoas que trabalham na empresa de defesa italiana instalaram malware nos computadores da empresa e roubaram pelo menos 10 gigabytes de dados entre 2015 e 2017. A Reuters disse – baseada em informações da polícia, que 94 computadores foram hackeados, 33 estavam na fábrica de Pomigliano. Arquivos roubados incluem informações sobre o sistema eletrônico do UAV nEUROn, avião de carga C-27J e aviões comerciais e militares turboélice ATR.
A Leonardo repetiu que informações confidenciais e estratégicas não eram mantidas nos computadores violados. Leonardo não armazena dados militares ultrassecretos na fábrica de Pomigliano d’Arco, perto de Nápoles.
A polícia também disse em 5 de dezembro que prendeu Arturo D’Elia e Antonio Rossi, que trabalharam no Leonardo, por suposta atuação no hackeamento de 94 computadores. No mandado de prisão para investigações preliminares contra os dois homens, o juiz citou várias razões possíveis por trás do hacking, entre elas “O uso de dados para fins industriais e comerciais, chantagem e atividades de espionagem militar ou simplesmente a intenção de prejudicar a imagem da empresa, demonstrando sua vulnerabilidade organizacional e de TI”.
A segurança dos dados é crítica para a reputação do Leonardo, que além de oferecer seus próprios serviços de segurança cibernética, está envolvido em vários programas de defesa europeus para a produção de aeronaves e equipamentos militares, afirmam analistas do setor de defesa.
@CAS