Em 15 dezembro, a Comissão Naval Brasileira dem Washington (CNBW), sediada na capital dos Estados Unidos, ativou oficialmente o Grupo de Fiscalização e Recebimento do Sistema de Aeronaves Remotamente Pilotadas Embarcado (GFRARP).
A missão do GFRARP é gerenciar e monitorar o recebimento do Boeing Insitu “ScanEagle”, o Sistema de Aeronaves Remotamente Pilotadas Embarcadas que serão operados pela Marinha do Brasil. O grupo irá fiscalizar a entrega dos equipamentos e componentes, bem como dos serviços de Suporte Logístico e de treinamentos, visando a garantida do padrão de qualidade da aquisição junto ao FMS – Foreign Military Sales, do Departamento de Defesa do Governo dos EUA.
O GFRARP é subordinado ao Diretor de Aeronáutica da Marinha e será apoiado administrativamente pela CNBW, onde será baseado, e trabalhará em conjunto com o PMA-263 Small Tactical Unmanned Aircraft Systems. As primeiras aeronaves remotamente tripuladas (ARP) deverão chegar ao Brasil no segundo semestre de 2021, acompanhando a formação dos pilotos e pessoal de manutenção.
Para a Marinha, a obtenção do Scaneagle será importante na renovação dos meios aeronavais, e os resultados alcançados na operação desses ARP permitirão que a Aviação Naval avance no integração operativa do novo trinômio Navio-Aeronave-ARP, entrando definitivamente na 5ª fase da História da Aviação Naval Brasileira.
O Boeing Insitu ScanEagle é um UAV (Unmanned Aerial Vehicle), ou veículo aéreo não tripulado, de pequeno porte para operações de longa duração e baixa altitude, produzido pela Insitu, uma subsidiária da Boeing. Tem uma envergadura de 3,1 metros, comprimento de 1,5 metros e peso máximo de decolagem de 26 kg. É equipado com um motor que lhe confere uma velocidade de cruzeiro média de 50 nós (92 km/h), um alcance de mais de 100 km e autonomia de mais de 18 horas de voo.
Está equipado com câmera eletro-óptica e/ou infravermelha em uma torre giroestabilizada, sistema de comunicações integrado, link de dados criptografado, transponder Mode C, entre outros equipamentos. A versão naval, adquirida pela MB, inclui um lançador compacto para operações embarcadas, uma estação de controle único de operador/piloto e um sistema de recuperação autônomo do tipo captura SkyHook.
@FFO