A Força Aérea dos EUA (USAF) informou que pretende empregar em no máximo dois anos aviões-tanque privados para suprir suas missões de reabastecimento em voo (REVO). A USAF vai disponibilizar um contrato de 5.000 horas de voo/ano para dar suporte até 1.100 missões de REVO. A informação, que foi confirmada no último 3 de março, surge em cima de dados que mostram que o KC-46A não está apto ao serviço operacional e, que também, a própria USAF estará retirando até 2021 um total 29 aeronaves KC-135/KC-10 de operação, algo classificado pelo US TANSCOM (United States Transportation Command) como uma decisão temerária, uma vez que fragilizará não só a missões de REVO como as de transporte, especialmente em caso de um conflito.
Diante da oferta americana, várias empresas manifestaram interesse, como a Lockheed Martin, que fez uma parceria com a Airbus em 2018 através da Air Tanker (A330 MRTT) e a Omega Air, que em 2019 comprou dois aviões-tanque McDonnell Douglas KDC-10 usados ex-Royal Netherlands Air Force (RNLAF). A USAF planeja receber as ofertas em junho de 2020, sendo mandatária que as empresas possuam aeronaves com sistema flying boom. A intenção é que até 95% dos voos privados sejam para missões de treinamento e translado, liberando assim os vetores da USAF para missões reais, em áreas de conflito ou apoio essencial.