Em 09 de dezembro, a Royal Navy (Marinha Real Britânica) informou que o último caça naval de Havilland DH.110 Sea Vixen em operação no mundo, teve as asas definitivamente cortadas, depois que os mantenedores cancelaram os planos de restauração após o acidente ocorrido em 2017.
Em 28 de maio de 2017, ao finalizar a sua apresentação no Show Aéreo de Duxford, em Cambridgeshire, o clássico Sea Vixen, prefixo civil G-CVIX (ex. XP924), teve um problema hidráulico, que impediu de baixar os trens de pouso. Na ocasião, o piloto Simon Hargreaves, realizou um pouso de emergência com os trens recolhidos na pista da RNAS Yeovilton. O acidente causou severos danos estruturais no “Foxy Lady” – apelido do de Havilland Sea Vixen – e desde então não voou mais.
Logo após o acidente, o proprietário da aeronave Naval Aviation Ltd Navy Wings Heritage Center, iniciou uma ação visando angariar fundos para a recuperação do clássico avião. Três anos depois o processo foi definitivamente cancelado, pois segundo os curadores, ainda faltam cerca de £ 2 milhões, para recuperar aos danos estruturais na fuselagem da “Foxy Lady”.
Com sua característica cauda dupla, o Sea Vixen foi um dos principais vetores embarcados nos porta-aviões da Marinha Real entre a década de 1960 e o início dos anos 70. O exemplar envolvido no acidente de 2017 (c/n 10125), foi entregue em 1963 para 899 Naval Air Squadron, como XP294, onde voou até 1971. Em 2014 ele foi doado para a coleção de antigas aeronaves navais, sediado em Yeovilton. Conforme informação da Royal Navy, ele foi o último dos 145 Sea Vixens construídos, e sua presença era regular nos shows aéreos.
Embora o Comandante Hargreaves tenha pousado a aeronave com segurança, a velocidade e a força do impacto da fuselagem contra o asfalto, deixaram a rachaduras em ambos os suportes da cauda, compartimentos dos trens de pouso, motor e importantes danos estruturais.
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