Em 03 de dezembro, o Congresso do Estados Unidos emitiu parecer sobre os planos da USAF, de aposentar neste ano fiscal 2021 (FY21), uma grande quantidade de aeronaves de ataque, reabastecedores e drones.
Os comitês para as Forças Armadas da Câmara e Senado apresentaram o relatório prévio sobre a Lei de Defesa Nacional 2021 (NDAA – National Defense Authorization Act 2021) – uma versão final do projeto de defesa que inclui as contribuições e sinalizações dos legisladores. O projeto deve ser aprovado pelo Congresso na próxima semana e, então, será encaminhado para a mesa do presidente Donald Trump, que ameaçou vetá-lo.
O NDAA 2021 contém disposições de políticas sobre tudo, desde a estrutura organizacional do Pentágono até bases militares nomeadas para oficiais confederados. No tocante à USAF, a maior preocupação era se o Congresso daria luz verde para a desativação de mais de 100 aeronaves, o que liberaria fundos para as prioridades de modernização, que incluem tecnologias espaciais e o conceito de Joint All-Domain Command and Control, recentemente renomeado para Combined Joint All-Domain Command and Control.
Os legisladores autorizaram alguns pontos do projeto da USAF, entretanto limitaram as desativações dos RQ-4 Global Hawk e, principalmente sobre os de A-10 Thunderbolt II. O projeto da USAF para o FY21 era manter cerca de 237 Warthogs (apelido do A-10), porém o Congresso entende que nenhum dos atuais 281 Thunderbolt II devem ser desativados.
Sobre os bombardeiros estratégicos B-1B Lancer, a USAF planeja aposentar os 17 exemplares mais antigos, por conta dos altos custos orçamentário para mantê-los voando. O Congresso revogou uma lei existente que exigia pelo menos 36 aeronaves de prontidão, concordando essencialmente com a redução da frota, porém estabeleceu alguns pontos: a USAF deve manter pelo menos 92 bombardeiros de qualquer modelo, na frota de aeronaves de primeira linha; deixar quatro B-1 aposentados em preservação, para retorno ao voo, se necessário; não deverá ser desativada nenhuma linha de manutenção B-1B, garantindo a operacionalidade no tempo que for necessário.
O Congresso vetou a desativação da frota de 24 drones de vigilância RQ-4 Global Hawk Block 20 e 30, e solicitou detalhes sobre os futuros planos da USAF para a frota ISR (Intelligence, Surveillance & Reconnaissance).
O projeto da USAF pretendia desativar 13 KC-135 e 16 KC-10 no FY21, porém o NDAA21 proibiu a aposentadoria de qualquer um dos 398 KC-135 pelo próximos três anos, e ofereceu seguinte alternativa: a desativação gradual dos 56 trijatos KC-10A, deixando 50 aeronaves operacionais no primeiro ano, 38 no FY22 e 26 no FY23.
Finalmente para a aviação de transporte, o NDAA não aborda a questão diretamente, mas define uma frota operacional de 287 aeronaves de transporte, com o mínimo de 230 aeronaves em operação. O relatório também incluiu uma cláusula que proíbe a USAF de retirar aeronaves apenas da Guarda Aérea Nacional.
@FFO