Segundo um relatório do Government Accountability Office (GAO), divulgado dia 19 de novembro de 2020, apenas três das 46 aeronaves pilotadas a serviço das Forças Armadas Americanas (USAF/USN/USMC) cumpriram suas metas de capacidade de missão anual (MC – Mission Capability) entre os anos fiscais (FY – Fiscal Years) de 2011 a 2019.
Segundo ainda o relatório do GAO, 24 das 46 aeronaves não cumpriram suas metas anuais de MC em nenhum ano fiscal do período 2011–19. A taxa de MC, ou seja, a porcentagem do tempo total em que uma aeronave pode voar e realizar pelo menos uma missão, é usada para avaliar a operacionalidade e a prontidão da frota de aeronaves.
As três aeronaves que atingiram na maioria do anos (FY 2011-19) suas metas anuais de MC foram o helicóptero Bell UH-1N Huey da USAF; os aviões de SIGINT (Inteligência de Sinais) Lockheed Martin EP-3E Aries II e as aeronaves de C3 (Command, Control, and Communications) Boeing E-6B Mercury, ambos da USN.
O UH-1N atingiu sua meta de MC em todos os nove anos fiscais. O EP-3E cumpriu sua meta em sete de nove anos fiscais e o E-6B atingiu a meta de MC em cinco de nove anos fiscais. A próxima aeronave com melhor desempenho foi o Boeing F-15E Strike Eagle da USAF, que atingiu sua meta de MC em quatro dos nove anos fiscais. Os F-35B por exemplo, só atingiu em um ano dos nove.
Cerca de metade das aeronaves não atingiu suas metas de MC em nove anos, incluindo o F-22 Raptor, o F-15C/D Eagle, o F-16 Fighting Falcon, o B-1B Lancer, o C- 17 Globemaster III e o C-130J Super Hercules todos da USAF.
O ex-secretário de Defesa James N. Mattis em 2018 instruiu a Força Aérea e a Marinha a aumentar a prontidão das frotas de F-16, F/A-18, F-22 e F-35 para 80% até outubro de 2019. Nenhum avião da Força Aérea atingiu o marca, embora o F-16 e o F-35 tenham chegado perto.
“Nenhuma dessas aeronaves atingiu a meta de 80% de capacidade de missão, que são calculados para cada dia de operação do ano fiscal de 2019”, observou o relatório do GAO. O Chefe do Estado-Maior da Força Aérea, General Charles Q. Brown, disse aos senadores em uma audiência que a Força estava se afastando das taxas de MC em favor de uma visão mais holística da prontidão.
“A Força Aérea fez melhorias na prontidão de suas unidades. No entanto, a alta demanda por capacidades da Força Aérea continua a impactar a recuperação. É preciso forcar na recuperação da prontidão com foco no recrutamento, treinamento e retenção de aviadores de alta qualidade, reduzindo a idade média de nossas frotas por meio da modernização e trabalhando com nossos comandantes no equilíbrio do ritmo das operações atuais para que de tempo para que nossos aviadores treinem para operações de combate de espectro total“, completou, Brown.
@CAS