A Heyl Ha’Avir (IAF – Israel Air Force) vem há algum tempo falando sobre seus planos para o futuro, que literalmente estão não só inseridos mas em convergência ao Plano “Momentum” das Forças de Defesa de Israel (IDF). O “Momentum” visa otimizar os recursos da IAF, desativando vetores mais antigos e aplicando recursos em aeronaves e sistemas mais modernos. Lançado em 2020 o “Momentum” irá durar cinco anos, e no fundo, é destinado a tornar os militares mais preparados e bem equipados. O princípio do plano é tirar o máximo proveito das áreas em que a IDF tem superioridade sobre seus inimigos – poder aéreo, inteligência e tecnologia – para garantir que os militares mantenham uma vantagem constante e significativa sobre seus inimigos, principalmente, o Irã e o Hezbollah. E sendo assim já podemos vislumbrar algumas das ações.
A partir de janeiro de 2021, o programa de treinamento da Flight Training School (FTS) será seis meses mais curto se comparado ao programa atual. O curso do piloto em si não mudará, mas os cadetes do FTS, hoje realizado em Hatzerim, farão apenas seis meses de instrução avançada no Leonardo M346I Lavi, durante o Advanced Operational Training Course, em vez de um ano. A redução em 180 dias será compensada com aumento das horas no simulador e a intensificação da instrução aérea.
Por causa dos altos custos de um MLU para a frota de F-16C/D, a IAF decidiu por reduzir o número de unidades e investir o dinheiro na compra de novas aeronaves. Segundo um relatório da IDF, a combinação de aeronaves F-15I Strike Eagle e F-35I Adir a a formação ideal para os futuros conflitos e operações no teatro do Oriente Médio.
Com a decisão de reduzir a frota de F-16C/D em fins de setembro a IAF desativou o 117th Sqn – First Jet Squadron, que era sediado ena Base Aérea de Ramat David. Ao mesmo tempo determinou que os dois esquadrões de F-16C/D – o 101st Sqn – The First Fighter Squadron e o 105th Sqn – The Scorpion Squadron, na base aérea de Hatzor, sejam transferido para Ramat David – o que ocorreu em fins de outubro.
Como parte dessas mudanças e possíveis novas aquisições, a IAF ativará um terceiro esquadrão F-35I em 2021. Esse esquadrão provavelmente será o 117th Sqn que assim seria reativado, provavelmente em Nevatim. No entanto isto ainda não foi confirmado e talvez dependa de novas aquisições de F-35I, que poderiam surgir com acordos feitos com os EUA, que incluíram a reativação de representações diplomáticas com Emirados Árabes Unidos e Bahrein.
Hoje a IAF tem dois esquadrões operacionais no F-35I: 116th Sqn – The Lions of the South Squadron e o 140th Sqn – Golden Eagle. O planejamento original era ter 24 aeronaves em cada unidade, mas isto foi alterado para 18, deixando mais 14 disponíveis, o que ainda é insuficiente para ativar um terceiro esquadrão. Hoje a IAF tem 27 Adir em seu inventário dos 50 originalmente encomendados.
Na aérea de transporte e operações especiais, o Comando da IAF acredita que há uma demanda operacional para 12 a 14 Boeing VM-22 Osprey, mas não descarta a possibilidade de adquirir vetores como Lockheed Martin CH-53K King Stallion e o Boeing CH-47F Chinook como um substituto para o CH-53 Yas’ur, previstos para sair de cena em 2025.
Outras mudanças como parte do novo plano estratégico são centralizar todos os esquadrões do Sistema Aéreo Não Tripulado (UAS) na base aérea de Hatzor. Atualmente, os esquadrões UAS estão espalhados por seis bases em todo o país.
Falando em helicópteros, está decidido que o 193nd Sqn – Defenders of the West equiado com os helicópteos AS565 Atalef em Ramat David, serão transferidos para a base aérea de Palmachim. Além disso, todos os helicópteros Sikorsky S-70 e UH-60 Yanshuf passam a estar baseados em Palmachim. A mudança irá concentrar e agilizar a manutenção de todos os helicópteros da IAF em uma única base dedicada.
@CAS