A Airbus Defense and Space revelou no início deste mes, uma proposta de design para um novo treinador avançado, o Airbus Future Jet Trainer (AFJT), um projeto liderado pela divisão espanhola da empresa.
O AFJT nasceu como um programa projetado para atender a necessidade do Ejército del Aire de España, que busca um substituto para os seus atuais treinadores avançados Northrop SF-5M Tiger II, que deverão ser desativados até 2028. Sob a coordenação da Airbus Espanha, este programa envolverá a indústrias fornecedoras espanholas como a Indra, Tecnobit, ITP Aero e CESA, posicionando o país como importante player na indústria aerospacial mundial.
Semelhante ao treinador Boeing T-7A Red Hawk, o novo monomotor Airbus Future Jet Trainer, será equipado com avançados sistemas configuráveis, cenários sintéticos, sensores, armamentos e o LVC (Live-Virtual-Constructive), plataforma de treinamento construtivo virtual em tempo real. Apesar de ser uma aeronave desenvolvida para treinamento avançado, ele poderá receber radar tático e uma série de armamentos, oferecendo a capacidade de um caça leve.
A Airbus salienta os atributos-chave do seu novo treinador, como uma opção de treinamento para os pilotos de caças de primeira linha como os Typhoon e F/A-18 Hornet, e visualiza o nicho para o futuro Next-Generation Fighter (NGF), em desenvolvimento conjunto entre a França, Alemanha e Espanha, como parte do Future Combat Air System (FCAS).
Atualmente, o Ejército del Aire de España opera jatos CASA C101EB Aviojet, como treinador básico, e um esquadrão de SF-5M, como treinador avançado para os futuros pilotos de caça. Ambos os estão chegando ao fim de sua vida útil, e para substituir os C101, que serão retirados de serviço até 2027, a Espanha encomendou 24 Pilatus PC-21, bem como os treinadores primários ENAER T-35C Pillán. Os primeiros PC-21, designados militarmente E.27, estão em estágio avançado na linha de montagem na Suíça, sendo que os seis primeiros devem ser entregues em março de 2021.
Embora a Espanha seja o foco inicial para a proposta da AFJT, o projeto também visa um mercado europeu mais amplo. A França, vizinha e parceira da FCAS, precisa de um treinador avançado para substituir o Alpha Jet E e também adotou o PC-21 para suas necessidades básicas de treinamento. A Finlândia e a Alemanha também são vistas como clientes potenciais à medida que embarcam em novas aquisições de caças.
@FFO