A Fuerza Aérea Argentina (FAA) vem enfrentando nos últimos anos sérios desafios na manutenção de sua diversificada frota, devido aos contínuos cortes de orçamento e falta de financiamento para aquisições. Apesar disso, conseguiu renovar com sucesso sua frota de treinadores; mas, por outro lado, ainda enfrenta grandes desafios quando o assunto é a futura compra de um caça de combate moderno e de novos meios para a aviação de transporte. A pandemia de COVID-19, no entanto, teve um lado bom, fazendo o governo argentino se concentrar na necessidade de recuperar e aumentar as capacidades logísticas das FAA. No ano dos 75 anos da FAA, completados em 10 de agosto, apresentamos um perfil do atual estágio da força aérea hermana.
Texto e fotos: Horacio J. Clariá
Desde o fim da década de 1990, a Força Aérea Argentina (FAA) está em um processo de redução do tamanho de sua frota e pessoal, redução esta que segue de acordo com o orçamento atribuído a ela pelo governo anualmente. A crise permanente em que o país está mergulhado nos últimos 20 anos, fez com que as Forças Armadas deixassem de ser uma prioridade para os sucessivos governos. Nesse período, importantes aeronaves foram retiradas de serviço, sem a devida substituição, reduzindo as capacidades da Força. Por outro lado, a estratégia da FAA passou a ser enfatizar o treinamento de pessoal para maximizar a exploração das horas de voo.
A participação da FAA em diferentes exercícios combinados multinacionais como: Águila I e II (com a USAF em 1998 e 2001) e Ceibo 2005 realizada na Argentina, o CRUZEX no Brasil (2002, 2004 e 2006) e Salitre no Chile (2004, 2009 e 2014), introduziram procedimentos e fraseologia (inglês) no padrão OTAN durante as operações aéreas, entre outras receitas. Além disso, durante os exercícios CRUZEX 2008, 2010 e 2012, o software de guerra foi fornecido pelo Centro de Simulação e Jogos de Guerra da FAA (Centro de Simulación and Juegos de Guerra), mostrando, assim, o grande desenvolvimento alcançado nesta área pela FAA.
Apesar do processo de downgrade, que afetou as aeronaves em operação, a FAA não fechou as bases aéreas e manteve sua estrutura. Atualmente ela é composta pelos seguintes comandos e organizações administrativas:
Inspetoria Geral;
Direção-Geral de Assuntos Jurídicos;
Direção-Geral de Planos, Programas e Orçamento;
Direção-Geral de Administração e Finanças;
Direção-Geral de Educação (DGEduc);
Direção-Geral de Controle de Tráfego Aéreo;
Direção de Ciberdefesa;
Todos acima subordinados ao Chefe do Estado-Maior.
A Subchefia do Estado-Maior comanda os seguintes órgãos:
Direção-Geral de Organização e Doutrina;
Direção-Geral de Aeronavegabilidade Militar;
Direção-Geral de Intendência;
Direção-Geral de Pesquisa e Desenvolvimento;
Direção-Geral de Segurança Operacional Aeroespacial Militar;
Direção-Geral de Pessoal e Previdência;
Direção-Geral das Linhas Aéreas do Estado (LADE);
Direção-Geral de Material (DGM);
Direção-Geral de Comunicações e Informática;
Direção-Geral de Saúde;
Direção-Geral de Inteligência;
Comando de Alistamento e Treinamento (CAA);
Comando Aeroespacial.
Os escritórios centrais destes Comandos e Direção-Gerais estão localizados no QG da FAA – Edifício Cóndor, em Buenos Aires.