No último domingo, dia 27 de setembro o Governo da Suíça realizou um plebiscito nacional, com objetivo de consultar a população sobre a compra ou não de novos caças para a Schweizer Luftwaffe ou Força Aérea Suíça, um projeto avaliado em U$ 6,49 bilhões (6 bilhões de francos). O resultado – apertado, diga-se de passagem, foi a favor da continuidade do projeto do governo de substituir a frota de Boeing F/A-18 e de Northrop F-5E/F.
O resultado surpreendeu, pois o prognóstico inicial era de uma aprovação de 59,41% por parte da população, chegando a até 65% em algumas pesquisas com margem de erro de 2,9% para mais ou menos.
No entanto, do total de 3.203.730 votos – 1.605.700 votaram sim ao passo que 1.597.030 pelo não, o que perfaz 50,14% pela aprovação e 49,86% pela não aprovação. Para a mídia local, a Suíça e a sua tradição de neutralidade de décadas aliada a de não envolvimento em conflitos, justificariam a economia. Não ficou claro se a decisão será ou não questionada nos tribunais pela oposição, que alegou haver um empate técnico. Parte da mídia, acredita que haverá questionamento jurídico, ainda mais em tempos de pandemia.
Foi a terceira votação nacional em quase 30 anos sobre a compra de novas aeronaves de combate para a Força Aérea. A última tentativa foi em 2014, quando um referendo rejeitou a aquisição do Gripen C/D para substituir o F-5E.
Como consequência, a Força Aérea Suíça lançou o programa “Air 2030” voltado para a seleção do seu futuro caça e, como parte do programa, cinco aeronaves foram avaliadas: Eurofighter Typhoon, o Dassault Rafale, o Boeing F/A-18E/F Super Hornet e o Lockheed Martin F-35 e o Saab Gripen E, com este último, sendo retirado da concorrência em junho de 2019, com as autoridades suíças alegando que o projeto não estava suficientemente maduro. A previsão é a aquisição de 36 a 40 unidades da aeronave vencedora.
@CAS