

Proteus está prestes a realizar seu primeiro voo. O primeiro helicóptero não tripulado em da Marinha Real Britânica (Royal Navy — RN) está mais perto de voar após concluir os testes de motor, sistemas e rotor nas instalações da Leonardo em Yeovil.
A aeronave, conhecida como Proteus, tem o tamanho de um helicóptero convencional, mas é operada por meio de controle remoto em vez de pilotagem direta, sendo um Vertical takeoff and landing (VTOL). A Leonardo desenvolveu o demonstrador tecnológico em menos de dois anos e meio, no âmbito de um programa de sessenta milhões de libras. A Defesa considera-o uma das primeiras tentativas de colocar em operação uma aeronave autônoma de decolagem e pouso vertical de porte médio. O objetivo é compreender como plataformas não tripuladas desta escala devem ser projetadas e como poderiam operar sozinhas ou em conjunto com aeronaves tripuladas numa futura ala aérea híbrida.

Oficiais superiores e especialistas do Ministério da Defesa participaram do evento de demonstração em solo e receberam informações sobre o software, os sensores e as funções de inteligência artificial que sustentam a aeronave. O Capitão David Gillett, que lidera o desenvolvimento da aviação marítima e de ataques de porta-aviões para a Marinha, afirmou que o programa reflete a estreita cooperação em toda a área da defesa.
“Foi um enorme prazer trabalhar com a Leonardo e com toda a área da defesa, como uma só equipe, para entregar o Proteus”, disse ele. “Ele combina tecnologia de ponta com a experiência de conflitos recentes e tem um potencial significativo para moldar o futuro da ala aérea híbrida da Marinha”.
Nigel Colman, diretor-geral da divisão de helicópteros da Leonardo no Reino Unido, afirmou que a empresa está expandindo os limites da autonomia e destacou os parâmetros de projeto marítimo da aeronave. “O Proteus está equipado com software de bordo avançado, com sensores e sistemas que permitem que ele perceba o ambiente ao seu redor, tome decisões e aja de acordo”, disse ele. “Todo esse processamento é realizado a bordo da aeronave, inclusive em condições de mar agitado e ventos fortes.”
O protótipo pode transportar cerca de uma tonelada de carga útil e está sendo posicionado como uma plataforma flexível para vigilância, reabastecimento logístico, tarefas de inteligência ou transporte de armamentos.
Porém, o seu foco concentra-se na guerra antissubmarino (ASW). O Proteus será designado para áreas de patrulha e integrará informações de navios, submarinos, aeronaves e sensores fixos para melhorar o desempenho de detecção. Ele implantará sonoboias, analisará assinaturas acústicas e transmitirá as conclusões a um comandante de missão.
Embora o Proteus não seja pilotado por um piloto, um operador sempre controla o sistema nos limites de segurança aprovados e das regras de engajamento.
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