

A Boeing está propondo uma versão do seu caça multimissão F-15EX Eagle II como plataforma de comando e controle em voo para drones de combate do tipo CCA (Collaborative Combat Aircraft), como MQ-28 Ghost Bat.
Em uma apresentação no Dubai Air Show, o executivo da Boeing, Daryl Hartwig, disse que o assento traseiro do F-15EX possui uma tela de grande dimensão, que poderia ser utilizada para gerenciar as CCA, especialmente quando os sistemas autônomos ainda está fase inicial de desenvolvimento.

“Acreditamos que o combate do futuro será realmente sobre gestão da informação. Sim, você precisa ser letal, precisa ser capaz de sobreviver. Os pilotos e tripulantes do futuro terão tanta informação para gerenciar, especialmente quando adicionarmos os MQ-28 e outros aviões de combate não tripulados”, disse Hartwig, ex-piloto de caça da Marinha dos EUA.
Para que os CCAs sejam eficazes, é fundamental que não se tornem um trabalho extra para os pilotos das aeronaves tripuladas. Ter um tripulante no assento traseiro de um F-15EX gerenciando o CCA ajudaria na distribuição da carga de trabalho.
O conceito de um coordenador de CCA a bordo não é novo. O caça furtivo chinês Chengdu J-20S teria no seu assento traseiro um posto para o tripulante responsável pela gerencia de aeronaves não tripuladas.

Em uma simulação apresentada pela Boeing sobre a guerra aérea do futuro, o tripulante traseiro do F-15EX usa menus na sua tela para atribuir tarefas para uma série de drones MQ-28, responsáveis por explorar um ambiente hostil e retransmitir informações que são usadas pelos tripulantes do caça.
“É isso que realmente enxergamos como o futuro: usar recursos não tripulados para avançar mais longe, reduzir o risco para a plataforma tripulada… ao mesmo tempo que aumenta a sua letalidade e capacidade de sobrevivência”, disse Hartwig.

O Executivo da Boeing afirma que a empresa atualmente trabalha em laboratório para entender como as aeronaves tripuladas e as CCAs irão operar juntas sem aumentar drasticamente a carga de trabalho da tripulação.
O executivo da da Boeing Defense Austrália, Garth Caselden, que desenvolve o MQ-28 em cooperação com a Força Aérea Real Australiana, disse que este CCA foi projetado para complementar aeronaves tripuladas, empregando seus diversos sensores. Ele enfatizou ainda que os engenheiros trabalham na integração do míssil ar-ar de médio alcance Raytheon AIM-120 ao MQ-28. Um teste contra um alvo-aéreo está previsto, segundo Caselden, que não detalhou o cronograma.
Fonte: Flight Global
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