

É Gaza ou o Rio de Janeiro? Comando Vermelho usa drones para atacar a Polícia. Em uma mega operação das Polícias Civil e Militar, feita nesta terça-feira (28/10), contra o Comando Vermelho (CV) nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro, traficantes reagiram a tiros, com barricadas em chamas e usaram até drones armados com bombas.
Novamente o Rio de Janeiro foi comparado a zonas de guerra, como a Faixa de Gaza. Isto porque mais um confronto entre a polícia e facções criminosas, transformou a cidade em um caos, em especial a zona norte da cidade. A linha vermelha fechada sentido Presidente Dutra.

Pelo menos 2.500 agentes das forças de segurança do RJ saíram para cumprir 100 mandados de prisão. A Polícia Civil afirmou ainda que, em retaliação, criminosos lançaram bombas a partir de drones. São ações similares as vistas em zonas de guerra, como na Ucrânia, onde drones comerciais foram adaptados para transportar cargas explosivas, lançadas sobre tropas russas. Aqui os “russos”, são as forças de segurança.
No confronto, pelo menos 22 pessoas morreram e 81 foram presas. Entre os mortos há 2 policiais civis: Marcus Vinícius Cardoso de Carvalho, de 51 anos, conhecido como Máskara, recém-promovido a chefe de investigação da 53ª DP (Mesquita) e Rodrigo Velloso Cabral, de 34 anos, da 39ª DP (Pavuna). Os outros 20 mortos são, segundo a polícia, são traficantes que trocaram tiros com policiais.
Entre os presos está Thiago do Nascimento Mendes, o Belão do Quitungo, um dos chefes do Comando Vermelho da região. Outro capturado é Nicolas Fernandes Soares, apontado como operador financeiro de um dos altos chefes do CV, Edgar Alves de Andrade, o Doca ou Urso.
No início da tarde, pistas da Linha Amarela e da Grajaú-Jacarepaguá foram fechadas a mando do tráfico. As ações ainda seguem, com emprego de helicópteros e tropas no solo. Várias apreensões de armas, munições, drogas e equipamentos foram realizadas, bem como a invasão de locais chave para o CV.
O secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, Victor Santos, afirmou que a operação foi desenhada com antecedência e não contou com apoio do governo federal. “Toda essa logística é do próprio estado. São aproximadamente 9 milhões de metros quadrados de desordem no Rio de Janeiro”, disse.
Santos destacou que cerca de 280 mil pessoas vivem nas áreas afetadas pela operação. “Essa é a realidade. Lamentamos profundamente as pessoas feridas, mas essa é uma ação necessária, planejada, com inteligência, que vai continuar”, afirmou o secretário.

O governador Cláudio Castro (PL-RJ) afirmou que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) negou três pedidos feitos às Forças Armadas para auxiliar nas ações contra o tráfico de drogas no estado. Isto o levou a autorizar a megaoperação realizada nesta terça (28/10), empregando somente com as próprias forças de segurança. A ação mirou em cerca de 100 lideranças do Comando Vermelho (CV) nos complexos da Penha e do Alemão, na Zona Norte da capital fluminense. Ele disse que não é uma operação de segurança pública.
“É uma operação de defesa!”
A não participação do Governo Federal no apoio as ações contra o CV foi criticada por vários setores ligado a segurança pública. A situação no Rio em relação às milícias e a facções criminosas piorou muitos após a pandemia, em especial após o STF ter proibido ações policiais em comunidades.
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