

Atualização do Bloco 4 do F-35 adiada até pelo menos 2031. Mais um problema para o Lockheed Martin F-35, pois o Pentágono confirmou que a nova estimativa para conclusão do trabalho de modernização para o Bloco 4 só deve ocorrer em 2031.
O Pentágono confirmou que o Bloco 4 sofrerá um atraso de cinco anos em relação ao cronograma original, mesmo com a proposta de incluir menos recursos do que o previsto originalmente para agilizar o trabalho.
A estimativa mais recente, publicada hoje num relatório do Gabinete de Prestação de Contas do Governo (Government Accountability Office — GAO), já mostra que o atraso é dois anos a mais que a última projeção publicidade 2029 em maio de 2024.
O Joint Program Office (JPO) do F-35 está atualmente reorganizando a modernização do Bloco 4 e do TR-3 (Technology Refresh 3) do F-35 em um novo subprograma, devido a um mandato do Congresso de 2023, que buscava aprimorar a execução desses esforços em vista dos contínuos aumentos de custos e atrasos no cronograma. O TR-3 inclui um pacote de atualizações de hardware e software necessárias para dar suporte ao Bloco 4, que inclui atualizações de armas, equipamentos de comunicação e sistemas de guerra eletrônica, entre outras tecnologias.
“Conforme os responsáveis pelo programa, o novo subprograma principal do Bloco 4 terá menos capacidades, sofrerá atrasos no cronograma e terá custos desconhecidos até que o escritório do programa conclua a elaboração da sua estimativa de custos”, afirmou o GAO. “O programa espera finalizar os documentos de planejamento de aquisição que estabelecem o subprograma principal do Bloco 4 no outono de 2025”, o que consolidará quais das 66 capacidades originais do Bloco 4 permanecerão no subprograma.
Embora o JPO tenha informado ao GAO que não poderia definir exatamente quais tecnologias fariam parte do Bloco 4. Porém, qualquer mudança que dependa de uma atualização a parte do motor e do sistema de gerenciamento de energia do F-35 será adiada para uma data posterior. Isto porque a atualização do núcleo do motor do F135, não estará em produção antes de 2031.
“Embora o subprograma do Bloco 4 não dependa da modernização do motor, atrasos na modernização do núcleo do motor contribuirão provavelmente para mais atrasos na entrega das capacidades pós-Bloco 4”, afirmou o GAO. “Em maio de 2024, informamos que as capacidades pós-Bloco 4 e os sistemas de missão que o programa esperava entregar em 2029 precisariam das novas atualizações do motor. Desde então, o programa revisou seus cronogramas para a entrega das capacidades pós-Bloco 4 que dependem dessas atualizações para 2033”.
Uma estimativa de custo atualizada para o esforço do Bloco 4, que era de US$ 16,5 bilhões em 2021, é esperada “no final de 2025”, conforme o GAO. Para impedir que os combatentes sejam sobrecarregados e aumentar a eficácia dos drones e robôs, dê aos combatentes as ferramentas tecnológicas que eles querem usar.
O GAO estava amplamente otimista sobre as perspectivas do subprograma do Bloco 4, escrevendo que ele permitiria ao Departamento de Defesa ter “uma visão melhorada” sobre custos, cronograma e desempenho e “tomar decisões mais informadas”.
A principal contratante do F-35, a Lockheed Martin, disse que a empresa pretende entregar pelo menos 170 F-35s em 2025 e continuará a implementar capacidades do Bloco 4 “para garantir que o F-35 mantenha seu domínio incomparável nos céus”. O Departamento de Defesa, o JPO e o fabricante de motores F-35, Pratt & Whitney, não responderam imediatamente a um pedido de comentário.
No lado da produção do programa, a Lockheed e a Pratt & Whitney continuaram a lutar para entregar as aeronaves F-35 e os motores F135 no prazo — mesmo que ambos os contratantes continuassem a ganhar dinheiro com taxas de incentivo vinculadas, em parte, às entregas no prazo, no que o GAO chamou de “recompensa [aos] contratantes pela entrega tardia de motores e aeronaves”.
Todos os 110 jatos entregues pela Lockheed em 2024 foram entregues após a data prevista, na maioria devido a atrasos no TR-3, informou o GAO. Já a Pratt & Whitney entregou todos os 123 motores no final de 2024, principalmente devido a problemas de produção e na cadeia de suprimentos, embora os atrasos na entrega não tenham afetado a produção da aeronave.
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