Força Espacial dos EUA se prepara para o primeiro lançamento do NSSL com o foguete Vulcan da ULA
Força Espacial dos EUA se prepara para o primeiro lançamento do NSSL com o foguete Vulcan da ULA. Após uma década de desenvolvimento, o foguete Vulcan da United Launch Alliance (ULA) está pronto para se juntar à frota Falcon da SpaceX no lançamento das missões espaciais de segurança nacional de maior prioridade do país.
A Força Espacial dos EUA está se preparando para lançar a primeira missão de Lançamento Espacial de Segurança Nacional (NSSL — National Security Space Launch) em um foguete Vulcan. A missão, USSF-106, está programada para ser lançada em 12 de agosto a partir do Complexo de Lançamento Espacial-41, na Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral, Flórida, durante uma janela de lançamento de 1 hora, que se abre às 19h59 EDT.
A missão multimanifesto transportará o experimento Satélite de Tecnologia de Navegação-3 (NTS-3), desenvolvido pelo Laboratório de Pesquisa da Força Aérea (AFRL) e pela L3Harris Technologies, e uma carga útil não divulgada.
O evento formalizará o fim da dependência dos EUA em motores de foguete de fabricação russa e marcará o retorno de dois veículos de lançamento operacionais para missões NSSL, disse o Coronel da Força Espacial Jim Horne, diretor da missão USSF-106 e líder sênior de material do Comando de Sistemas Espaciais, a repórteres em 11 de agosto.
O serviço lançou a missão NSSL final em um foguete Atlas V da ULA em 30 de julho de 2024; desde então, o programa conta com a família de veículos de lançamento Falcon 9 da SpaceX.
O foguete Vulcan Centaur VC4S está equipado com quatro propulsores de foguete sólidos para esta missão e lançará o USSF-106 diretamente para a órbita geoestacionária. Esta marca uma das missões mais longas da ULA até o momento, disse o CEO Tory Bruno em 7 de agosto. “Este é, de fato, o ponto de ancoragem que impulsionou o design e a arquitetura de todo o foguete”, disse ele.
Em 11 de agosto, o veículo de lançamento foi lançado com sucesso para a plataforma no Cabo, e a equipe de previsão do tempo de lançamento da Força Espacial previu uma perspectiva positiva para a janela de lançamento, com 20% de chance de violação das restrições de lançamento, disse Gary Wentz, vice-presidente de programas governamentais e comerciais da ULA, em 11 de agosto.
O Vulcan foi certificado para realizar missões NSSL em março, após dois voos de avaliação críticos. A Força Espacial encomendou 25 serviços de lançamento para o Vulcan sob seu contrato da Fase 2 do NSSL e, em abril, anunciou ordens de serviço para dois lançamentos do Vulcan sob seu contrato da Fase 3, Faixa 2.
O USSF-106 será diferente desses dois voos de certificação por utilizar quatro propulsores em vez de dois e por preencher o estágio superior até 100% da capacidade, em vez de 85%, como acontecia. Autoridades da Força Espacial e da ULA se recusaram a comentar sobre a natureza de outros satélites que serão implantados simultaneamente ao NTS-3. “Mais detalhes além do NTS-3 não serão divulgados ao público”, disse Horne.
O NTS-3 marca o primeiro satélite de navegação experimental do Pentágono em 48 anos, desde o lançamento do NTS-2 em 1977, disse Joanna Hicks, engenheira aeroespacial sênior de pesquisa da Diretoria de Veículos Espaciais do AFRL, a repórteres. “Acreditamos que já passou da hora de realizar um experimento nesta área”, acrescentou. Após o lançamento do satélite, os testes em órbita e a verificação devem levar várias semanas antes que a equipe comece a coletar dados, disse ela.
A demonstração de um ano testará mais de 100 experimentos diferentes, de acordo com Hicks. O satélite possui uma antena phased array eletronicamente direcionável e diversos sinais avançados, incluindo o sinal “Chimera”, desenvolvido para proteger usuários civis de GPS contra falsificações. O NTS-3 inclui novos algoritmos para uma cronometragem mais robusta no satélite e um receptor de navegação GNSS integrado.
A nave espacial e o equipamento de usuário associado foram projetados para serem reprogramáveis, para que “não precisemos ter tudo planejado de entrarmos em órbita e antes de vermos quais são as ameaças”, disse Hicks. Caso o satélite tenha vida útil adicional após a conclusão da demonstração do NTS-3, ele poderá ser assumido por outro parceiro da Força Espacial para realizar testes adicionais, acrescentou. No momento, não há planos para operacionalizar a nave espacial, observou.
O lançamento do satélite estava previsto para 2022, mas foi adiado enquanto se aguardava um veículo de lançamento, disse Hicks. Nesse ínterim, a equipe do NTS-3 realizou testes terrestres adicionais e adicionou mais capacidades e sinais experimentais do que o inicialmente previsto. No total, os EUA gastaram aproximadamente US$ 250 milhões no NTS-3, incluindo o desenvolvimento do satélite, sistemas terrestres e operações, disse Hicks.
Fonte: Vivienne Machi.
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