

Embraer é poupada do “tarifaço” de Trump. O polêmico aumento de tarifas do Governo Americano contra o Brasil, previsto para entrar em vigor no próximo dia 1/08, foi revisto no dia 30/07, colocando alguns produtos fora da lista, entre eles as aeronaves.
Após uma pressão de mercado, leia-se empresários brasileiros e americanos, vários produtos ficaram de fora do “tarifaço”. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou na quarta-feira, 30/07, o decreto que impõe uma tarifa adicional de 40% sobre produtos brasileiros, elevando a alíquota para 50%.
O decreto de Trump detalha 694 produtos específicos isentos. Em geral, minerais, produtos energéticos, metais básicos, fertilizantes, papel e celulose, alguns produtos químicos e aeronaves. A longa lista de exceções como suco de laranja, aeronaves civis, petróleo, veículos e peças, fertilizantes e produtos energéticos. Café e carne, porém, foram taxados em 50%.
O decreto entra em vigor no próximo dia 06 de agosto, sendo adotado em resposta a ações do governo brasileiro que representariam uma “ameaça incomum e extraordinária à segurança nacional, à política externa e à economia dos EUA”.
Com isso, a Embraer ficou de fora das tarifas impostas pelos Estados Unidos aos produtos brasileiros. A ordem executiva assinada pelo presidente Donald Trump, estabelece uma ampla lista de bens importados, mas abre exceções para determinados setores, entre eles o de aeronaves civis e seus componentes. As exceções foram divulgadas no anexo 1 da ordem executiva. Entre eles, estão a polpa e o suco de laranja, minério de ferro, produtos siderúrgicos, petróleo e aviões.
A terceira maior fabricante de aeronaves do mundo estimava que o “tarifaço” poderia causar um impacto similar ao da pandemia de Covid-19. Na época, a Embraer teve cerca de 30% de queda de receita e precisou reduzir em torno de 20% do seu quadro de funcionários. Segundo a empresa, a nova tarifa elevaria o preço de cada avião vendido aos EUA em cerca de R$ 50 milhões. Considerando o período até 2030, o impacto poderia significar R$ 20 bilhões em tarifas.
Ações da Embraer disparam 10% com entrada da aviação entre as exceções do “tarifaço” de Trump. “Avião não é commodity. Não conseguimos remanejar porque [tem aviões que] a gente só vende para o mercado americano. O nosso maior mercado é para os EUA, não tem como reposicionar isso para outros mercados”, disse Gomes Neto, Presidente da Embraer.
Segue a lista dos principais produtos do Brasil que foram excluídos (isentos) da nova tarifa de 40% sobre importações para os Estados Unidos, segundo o “Annex I” da ordem executiva assinada em 30 de julho de 2025[1]:
Obs: Os produtos marcados com “*” no Anexo I referem-se somente a bens da aviação civil (aeronaves civis, motores, peças e simuladores de voo de origem civil) conforme critérios do HTSUS.
A lista completa detalha, por código tarifário HTSUS de 8 dígitos, todos os produtos específicos isentos. Em geral, minerais, produtos energéticos, metais básicos, fertilizantes, papel e celulose, alguns produtos químicos e bens para aviação civil estão isentos da tarifação adicional[1].
Fonte Addressing Threats to The United States by the Government of Brazil.
Entre no nosso grupo de WhatsApp
@CAS