

Oficial da USAF diz que segundo B-21 Raider está perto do voo inaugural. O segundo bombardeiro B-21 Raider está próximo do voo inaugural e o aumento na produção é o reconhecimento de um ambiente global em mudança, bem como da importância da capacidade de ataque de longo alcance. Essas informações são do General Thomas A. Bussiere, Chefe do Comando de Ataque Global da USAF.
“Devemos ver o segundo avião de teste de desenvolvimento voar em breve”, disse Bussiere em entrevista à Air & Space Forces Magazine (A&SFM) em 25 de julho. Já se passaram 20 meses desde o primeiro voo do B-21, realizado em novembro de 2023. Conforme o presidente da Northrop Grumman Aeronautics, Tom Jones, a aeronave tem voado cerca de duas vezes por semana.
O número de aeronaves na linha de produção é confidencial, embora a USAF tenha revelado em 2022 que pelo menos seis B-21 estavam em diversos estágios de montagem. “Estou satisfeito com o progresso da produção e dos testes“, disse Bussiere, acrescentando que o novo bombardeiro da USAF representa um salto tecnológico com a mistura de novas capacidades furtivas e maior facilidade de manutenção para obter maior disponibilidade operacional.

Recentemente legisladores aprovaram um projeto de lei que inclui US$ 4,5 bilhões para aumentar a capacidade de produção do B-21, sob a compreensão da importância para a USAF – e para os Estados Unidos – de ter capacidade de ataque global de longo alcance e a urgência de modernizar a atual frota baseada em envelhecidos bombardeiros, com custo operacional cada vez mais elevado.
A taxa de produção ajustada pela Northrop Grumman e a USAF permanece em segredo, mas comentários internos da Defesa e os últimos orçamentos sugerem que o número gira em torno de sete aeronaves por ano, no seu pico. O aumento desse número está em análise, disse Bussiere, sem divulgar nenhum dado, apenas reafirmando que o programa ainda se baseia na encomenda de “mais de 100″ aeronaves” pela USAF.
Em maio passado, Bussiere disse ao Comitê de Serviços Armados do Senado que apoiava avaliar o aumento da produção de 100 para 145 aeronaves, citando a mudança do ambiente estratégico global desde 2018, quando o número original foi definido. Desde então, a Rússia invadiu a Ucrânia e a China vem expandindo rapidamente suas forças militares, observou Bussiere. O aumento na produção para 145 bombardeiros também é apoiado pelo General Anthony Cotton, Chefe do Comando Estratégico dos EUA.

No início de 2024, William LaPlante, ex-chefe de aquisição do Pentágono, disse que ajudou a desenvolver o programa B-21, de forma que a baixa taxa de produção foi intencional, para protegê-lo de cortes orçamentários como o que reduziu o B-2 Spirit de 132 aeronaves previstas para apenas 20 unidades. Bussiere disse que não está preocupado que o aumento da produção coloque o B-21 em perigo orçamentário.
“Não acredito que o programa corra riscos se continuar a ter tanto sucesso”, disse ele. “Normalmente, os programas correm riscos quando sofrem atrasos ou apresentam problemas de tecnologia, capacidade ou produção. Estou muito satisfeito com o atual estágio de desenvolvimento e testes do B-21.”
O sucesso do Raider se deve em parte à longa experiência da USAF com o B-2, observou Bussiere. “Para ser justo, a empresa, os operadores, mantenedores, profissionais de aquisição e engenheiros têm uma certa vantagem em relação aos sistemas de armas anteriores, com mais de 30 anos de conhecimento da dinâmica e do que aprendemos com o B-2″, disse ele.
A filosofia de design do B-21 não era dar um grande salto geracional, mas aperfeiçoar o que foi aprendido no B-2, aprimorar algumas das capacidades que ele tinha e torná-lo uma plataforma mais robusta e confiável, disse Bussiere.

“Eu diria que é uma evolução tecnológica”, disse ele. “Não é um salto além das capacidades geracionais para tentar alcançar as estrelas”, mas houve melhorias nos materiais, no design e na manutenção contínua “para torná-la uma plataforma mais viável. Acho que essa é a base disso.”
A USAF aprendeu muito com a introdução do B-2 e, posteriormente, nas suas atualizações. “Todas essas lições foram incorporadas ao novo projeto. Existem outros aspectos únicos do B-21 que não faziam parte da produção do B-2 e que o tornarão uma plataforma mais prática de manter.”
Ele observou que os técnicos e os pilotos de B-2 estavam integrados à equipe de engenharia e desenvolvimento do programa B-21, com a intenção de otimizar várias facetas do novo sistema de armas. “Isso incluía desde displays e controles na cabine para otimização do trabalho da tripulação, até a colocação de painéis de acesso e de componentes para facilitar o acesso da manutenção”.
Tudo o que foi aprendido após mais de três décadas na indústria e na manutenção de materiais furtivos foi incorporado ao design e aos componentes do B-21, para otimizar suas características, de modo que ele exija menos manutenção que o atual B-2.

Embora um porta-voz da USAF recentemente tenha dito que os B-21 iniciais poderiam ser colocados em operação de combate se necessário, não há planos para fazer isso com a aeronave de teste, disse Bussiere.
“A versão de produção e a versão de testes devem ter rigorosamente a mesma configuração, para que não haja qualquer atraso na capacidade de combate quando o colocarmos em campo”, disse ele. Ao contrário do B-2, que foi inicialmente certificado apenas para a missão nuclear e posteriormente para a função convencional, o B-21 será certificado para ambas as missões desde o início.
Embora o contrato original de 2015 previsse um “Bombardeiro de Ataque de Longo Alcance” em versões tripuladas e não tripuladas, Bussiere disse que isso não faz parte do plano imediato. “Atualmente, não temos isso no programa. Lembro-me vagamente de que isso fazia parte da versão original e de opções potenciais, mas atualmente não estamos construindo nenhuma delas.”
Fonte: A&SFM
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