

F-22A devem ser os primeiros caças da USAF a controlar os CCA. Os Lockheed Martin F-22A Raptor da USAF deve se tornar o primeiro vetor furtivo americano a operar como controladores aéreos para Aeronaves de Combate Colaborativas (CCA — Collaborative Combat Aircraft).
Os F-22A estão recebendo modernizações que permitirão que se tornem os primeiros caças da USAF a ter aeronaves tipo CCA ou Loyal Wingman (Alas leais), dando a eles um papel fundamental na transição para uma guerra centrada em drones controlados do ar.
O programa F-22 CCA da USAF planeja integrar sistemas de controle baseados em tablets aos Raptors. Anteriormente, em setembro de 2024, a USAF concedeu à Raytheon um contrato de US$ 1 bilhão para aprimorar os sensores do F-22A. Essas atualizações e adições significam que o F-22 Raptor continuará sendo um jato de combate furtivo de linha de frente da USAF e com a integração do CAA será ainda mais importante.

O orçamento do ano fiscal de 2026 (FY26) incluem um item de linha totalmente novo para modificações relacionadas ao CCA em aeronaves. O orçamento propõe US$ 15 milhões para o programa de Integração da Plataforma Tripulada.
Conforme os documentos orçamentários, dos US$ 15 milhões, quase US$ 12,2 milhões serão destinados à aquisição de 142 tablets e cabeamento associado. Isso resultaria em um preço unitário de aproximadamente US$ 86.218 para cada kit de instalação.
“O programa de integração de plataforma tripulada adquirirá e integrará kits para instalação no F-22, o que permitirá o controle de aeronaves de combate colaborativas (CCA) pelo F-22A. O esforço de aquisição inclui, mas não está limitado a, tablets, cabos e materiais associados; atividades associadas à integração, montagem, teste e verificação do sistema; certificação; integração de comunicações de aeronaves e CCA; atualizações de software; engenharia de sistemas; treinamento; equipamento de suporte; e Custos de Suporte ao Programa (PSC)”.
A USAF conta atualmente com 185 F-22A Raptor. No entanto, desses, somente cerca de 142 são aptos para combate, sendo o restante das aeronaves usadas principalmente para treinamento, testes e avaliação. A previsão era de que a USAF aposentasse 32 F-22A Raptors Bloco 20, que não têm capacidade de combate.
O documento orçamentário do FY26 sancionou 142 kits de instalação para o programa de integração de plataforma tripulada, o que significa que os kits de instalação serão instalados em todos os F-22 Raptor com código de combate. Apesar disto, não é confirmado que todos os 142 F-22A recebam os tablets, podendo haver um lote de reserva, face a sempre existir um pequeno número de F-22 Raptor em manutenção.
Não está claro exatamente o que será usado para comunicações entre os F-22A e os CCA sob seu controle, mas o Inter-Flight Data Link (IFDL) do F-22, difícil de interceptar e bloquear, que atualmente é usado para compartilhar dados entre os F-22A, é muito provavelmente a solução. Separadamente, a proposta de orçamento do ano fiscal de 2026 também solicita US$ 870 milhões para continuar o trabalho no próprio programa CCA.

Vale ressaltar que dois protótipos, o YFQ-42A da General Atomics e o YFQ-44A da Anduril, estão atualmente em desenvolvimento para a primeira fase, ou Incremento 1, do esforço do CCA da USAF. Eles devem em breve fazer alguma interação com F-22A de teste. Ambos são veículos aéreos de combate não tripulado (UCAV) dedicados como Loyal Wingman.
Os EUA pretendem adquirir entre 100 e 150 CCA de Incremento 1, bem como aproximadamente 1.000 drones, em todos os futuros programas de incremento de CCA.
Os F-22A são somente uma das aeronaves de combate que contarão com drones de apoio leal. Além dos Raptors, a USAF também integrará os drones de apoio leal (CCA) ao F-35A e futuro o F-47.
Notavelmente, a Lockheed Martin também está trabalhando na integração de drones de combate com seus caças F-35. Em janeiro deste ano, a Lockheed demonstrou a capacidade do F-35 de controlar múltiplos drones perfeitamente usando arquiteturas habilitadas por IA. Isso incluiu uma interface touch screen semelhante a um tablet, que permitiu aos pilotos controlar os drones a partir das cabines do F-35.

A Austrália está desenvolvendo o Boeing MQ-28A Ghost Bat em colaboração com a Força Aérea Real Australiana (RAAF). Este UCAV furtivo e multifuncional completou mais de 100 horas de testes de voo e deve entrar em serviço em breve. O programa conta com financiamento significativo, com mais de AUS$ 600 milhões já investidos.
A China também está desenvolvendo drones com comando de voo fiel, notadamente o Feihong FH-97A, apresentado no Zhuhai Air Show de 2024. Ele foi projetado para operar com caças furtivos como o J-20. Conceitos anteriores incluem o AVIC Dark Sword, embora detalhes sobre a autonomia ainda não estejam claros.
O Ministério da Defesa do Japão contratou a Boeing para testar drones para missões de combate tripulado e não tripulado (M-UMT), com planos de desenvolver um ala fiel para apoiar as aeronaves de combate existentes. Paralelamente, a Mitsubishi Heavy Industries também está trabalhando em um programa de aeronaves de combate colaborativas (CCA) com inteligência artificial.
Da mesma forma, a França está desenvolvendo um drone auxiliar para o caça Rafale.
A Marinha da Índia está colaborando com a NewSpace Research & Technologies no Veículo Aéreo de Combate Colaborativo Naval (N-CCAV), denominado Abhimanyu, para operar com jatos MiG e Rafale-M. Separadamente, a Hindustan Aeronautics Limited (HAL) da Índia está desenvolvendo o drone CATS Warrior para o Sistema de Equipe de Combate Aéreo (CATS).
Além disso, Turquia, Rússia e Coreia do Sul também estão trabalhando em projetos semelhantes.
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