

Cessna 206G Stationair é roubado em Rivera – Uruguai. O roubo de um monomotor Cessna 206G no Uruguai termina em pouso forçado no Paraguai na manhã de 4 de junho, após passar pelo sudoeste do Rio Grande do Sul.
Na manhã de hoje, o Aeroclube de Rivera, localizado na Rota 27 Uruguaia, foi atacado por quatro criminosos armados e encapuzados. Eles agiram com violência, chegando a amarrar um mecânico e seu ajudante, para roubar uma aeronave Cessna 206G Stationair, matrícula CX-BKY, normalmente baseada no Aeroclube Paso de los Toros, no centro do Uruguai.
Isso ocorreu após ameaçarem, com explosivos visíveis, explodir a aeronave caso falhassem. Finalmente, a aeronave, com combustível suficiente para duas horas de voo a aproximadamente 160 nós, decolou sob condições de neblina.

Ela voou quase 600 quilômetros em condições meteorológicas adversas em direção ao Paraguai, sobrevoando a baixa altitude e sem transponder ligado o Rio Grande do Sul entre Santana do Livramento e São Borja, atravessando grande parte da província argentina de Missiones, buscando alcançar o espaço aéreo paraguaio voando a oeste de sua capital, a cidade de Posadas. Em frente, fica a cidade de Encarnación, a principal cidade do sul do Paraguai.

Algum tempo depois, 80 km ao norte, ou seja, poucos minutos de voo após passar pela área de fronteira, já sem combustível, a aeronave foi forçada a fazer um pouso de emergência perto da cidade de San Pedro del Paraná, a aproximadamente 300 quilômetros de Assunção. Após o pouso, seus ocupantes fugiram.
A Direção de Aviação Civil do Paraguai (DINAC) e a Direção Nacional de Aviação Civil e Infraestrutura Aeronáutica do Uruguai (DINACIA), juntamente com autoridades policiais de ambos os países, estão investigando o caso.
Nos últimos 12 anos, algumas tentativas foram relatadas, com menor exposição ou sucesso, sempre no norte do país. Durante o mesmo período, o tráfico de drogas no Uruguai e de lá para o resto do mundo se multiplicou exponencialmente, incluindo o suposto envolvimento de grandes traficantes uruguaios procurados pela DEA — no caso de Sebastián Marset — que, na verdade, é considerado quase um testa de ferro para figuras muito mais poderosas.

TEXTO: Javier Bonilla.
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