

Guiana diz que foi atacada na região de Essequibo por venezuelanos. A Guiana denunciou que foi alvo de três ataques feito por civis armados na fronteira com a Venezuela. A declaração foi feita pelo Presidente da Guiana, Irfaan Ali, na quinta-feira, 15/05. Tiros foram disparados contra as tropas de defesa do país. Não houve registro de feridos.
Conforme a Força de Defesa da Guiana (GDF), uma guarnição foi atacada três vezes na fronteira com a Venezuela por indivíduos fortemente armados, suspeitos de serem membros da gangue Sindicato Venezuelano. Os ataques ocorreram nos dias 13 e 14 de maio. Segundo o governo, o ataque aconteceu no rio Cuyuni, em Essequibo, região rica em petróleo e minérios, e alvo de disputa entre os dois países.
‘Homens armados com roupas de civis do lado venezuelano ao longo do rio Cuyuni, lançaram três ataques separados contra as tropas da Força de Defesa da Guiana que faziam patrulhas fluviais’, afirmou o país em comunicado oficial.

A Venezuela e a Guiana disputam a região de Essequibo desde 1966, embora a área seja reivindicada pela Venezuela desde 1841. Em 2015, a disputa ficou mais acirrada, pois a companhia americana ExxonMobil descobriu campos de petróleo na região.
Os ataques contra o GDF na região – mesmo que por atores não identificados com o governo de Nicolás Maduro – elevaram as tensões a novos patamares, especialmente porque o regime de Maduro planeja incluir Essequibo a Venezuela, chamado ele de 24º estado venezuelano ou de “Guayana Essequiba”.
Os militares do GDF continuaram afirmando que ‘continuarão a responder aos atos de agressão na fronteira entre Guiana e Venezuela e manterão patrulhas regulares ao longo do rio Cuyuni.
Os ataques acontecem dias antes das próximas eleições gerais legislativas e para governador, que ocorrem no domingo, 25 de maio, que incluirá um pleito ilegal sobre a região de Essequibo. Um ano após promulgar decreto criando uma província venezuelana na região, o governo venezuelano quer eleger autoridades para o território de 160.000 km², sobre o qual não tem nenhum controle, já que a administração é da Guiana.
A Corte Internacional de Justiça (CIJ), ordenou que a Venezuela se abstivesse de realizar eleições no território disputado, sem sucesso. A Venezuela fechou temporariamente suas fronteiras com países vizinhos, incluindo, com Brasil e a Colômbia, como parte das medidas de segurança antes das eleições do 25 de maio.
No dia 17 de fevereiro, a Guiana também tinha falado que uma gangue da Venezuela havia feito um ataque deixando seis soldados feridos. O governo venezuelano disse que o caso era uma farsa e anunciou uma investigação.
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