

FAB celebra o Dia da Aviação de Patrulha. A Força Aérea Brasileira (FAB) celebra em 22 de maio, o Dia da Aviação de Patrulha, responsável pela vigilância de aproximadamente 13,5 milhões de quilômetros de águas jurisdicionais brasileiras, além da busca e salvamento na vasta região de responsabilidade do Brasil.
Criada em 1942, durante a Segunda Guerra Mundial, a Aviação de Patrulha da FAB surgiu como resposta aos sucessivos ataques de submarinos alemães e italianos a navios mercantes brasileiros. Em 22 de maio daquele ano, um bombardeiro B-25 Mitchell da FAB atacou o submarino italiano Barbarigo, que havia torpedeado o navio mercante Comandante Lyra dias antes. A missão bem sucedida ficou conhecida como o “Batismo de Fogo” da Aviação de Patrulha e marcou oficialmente o início da atuação na proteção do litoral e das águas jurisdicionais brasileiras.

Essencial para a defesa do país, a Aviação de Patrulha atua na vigilância e proteção de áreas marítimas e terrestres, utilizando aeronaves equipadas com radares e sensores avançados para detectar ameaças e garantir a soberania nacional. Suas missões abrangem Patrulha Marítima (PATMAR), Busca e Salvamento (SAR), Controle Aéreo Avançado (CAA), Posto de Comunicação Aeroespacial (P Com-Aepc) e Reconhecimento Aeroespacial (Rec Aepc).
Esquadrões
A Aviação de Patrulha da Força Aérea Brasileira (FAB) é composta por três esquadrões estratégicos distribuídos ao longo do litoral brasileiro. O Primeiro Esquadrão do Sétimo Grupo de Aviação (1º/7º GAV) – Esquadrão Orungan -, sediado na Base Aérea de Santa Cruz (BASC), no Rio de Janeiro (RJ), é o mais antigo e opera as aeronaves P-3AM Orion, com alto alcance e capacidade de executar missões complexas.

O comandante do Esquadrão Orungan, Tenente-Coronel Alan Elias Lemos Mattar, falou sobre o papel da Aviação de Patrulha e ressaltou a importância do Esquadrão para a soberania nacional e a defesa dos interesses do país no mar. “A Aviação de Patrulha é elemento fundamental para a manutenção da nossa soberania e para a defesa dos interesses nacionais no mar. Mais de 90% do nosso comércio exterior é feito por via marítima e é por esse meio que o país explora a maior parte do petróleo que produz”, afirmou.
Ele destacou que, com modernos sensores e sistemas de armas embarcados, as aeronaves desempenham um papel crucial no monitoramento do tráfego marítimo, combatendo ilícitos transfronteiriços e garantindo o controle sobre recursos estratégicos. Além disso, a Aviação de Patrulha contribui para a proteção da biodiversidade costeira e exerce uma função decisiva em missões de Busca e Salvamento (SAR), ajudando a garantir a segurança de vidas humanas.

Já o Segundo Esquadrão do Sétimo Grupo de Aviação (2º/7º GAV) – Esquadrão Phoenix -, em Canoas (RS), e o Terceiro Esquadrão do Sétimo Grupo de Aviação (3º/7º GAV) – Esquadrão Netuno -, em Belém (PA), utilizam o P-95BM Bandeirulha em ações que vão desde a Patrulha e Reconhecimento até o apoio a Operações Humanitárias.
Cada unidade da Aviação de Patrulha da FAB atua em regiões distintas e com missões específicas. O Esquadrão Orungan é responsável por ações como PATMAR, SAR, Reconhecimento Aeroespacial e Guerra Antissubmarino, sendo esta última sua especialidade. Já o Esquadrão Phoenix, localizado em Canoas (RS), executa ações da tarefa de Inteligência, Vigilância e Reconhecimento (IVR) nas fronteiras sul do Brasil, combatendo ilícitos e contribuindo para a segurança regional.
O Esquadrão Netuno patrulha o litoral norte do país, do Rio Grande do Norte ao Amapá, e atua na proteção de áreas marítimas utilizadas por centros de lançamento espacial, como o CLA e o CLBI. Entre suas missões marcantes estão a localização dos destroços do voo Air France 447, em 2009, a Operação Yanomami e, mais recentemente, a Operação Astrolábio, em apoio ao lançamento do foguete sul-coreano HANBIT-TLV.
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