Nos últimos dias a imprensa da Grécia vem afirmando que os contatos entre os governos grego e francês para a aquisição de 18 caças Dassault Rafale pela Força Aérea Grega estão em estágio avançado, revelando inclusive, que o acordo deve ser selado até o final do ano.
A notícia vem em um momento em que as tensões entre gregos e turcos vem aumentando e, naturalmente, passa a ser usada no campo político no sentido que a Grécia com o Rafale teria vantagem contra os turcos na arena aérea.
Com base no que vazou até agora pela imprensa, o acordo parece estar se movendo em dois níveis, que estão sendo discutidos pelos presidentes Kyriakos Mitsotakis da Grécia e Emanuel Macron da França, por enquanto a portas fechadas.
A primeira prevê a doação de oito caças da Força Aérea Francesa para a Grécia e a segunda a compra de 10 Rafale novos da Grécia. Os oito aviões, que seriam supostamente doados, são os mesmo que operaram meses atrás, na base aérea de Al Watiya, na Líbia, onde as forças militares turcas estavam estacionadas, para ajudar Saraj.
Fayez Mustafa al-Sarraj é o chefe do Conselho Presidencial da Líbia e atual primeiro-ministro do Governo do Acordo Nacional da Líbia, formado em 17 de dezembro de 2015.
Como a fabricante francesa está com dificuldades em produzir a curto prato de 30 aeronaves, o que os dois governos estão considerando é chegar a um acordo com o Egito, de forma que, ao invés dos 20 Rafale que encomendou, ela receba inicialmente 10, com os outros 10 sendo entregues à Grécia. O Egito recentemente passou à encomenda de 12 Rafale que tinha em opção no contrato original para 20. Hoje a Força Aérea do Egito possui 23 dos Rafafe DM e EM do lote original, pois uma aeronave foi perdida em 2019. Esta situação coloca o Egito como fiel da balança do negócio. Se for fechado, a Grécia se juntará a França, Egito, Índia e Qatar.