

Polônia irá elevar seus F-16C/D para o padrão Viper (F-16V). A decisão da Polônia de atualizar sua frota de 48 caças Lockheed Martin F-16C/D Block 52+ para o padrão avançado F-16V Block 72 marca um passo significativo no reforço de suas capacidades defensivas aérea em meio às crescentes tensões na Europa Oriental.
Anunciado no final de 2024, o programa de US$ 7,3 bilhões, aprovado pelo governo dos EUA. O vice-ministro da Defesa, Pawel Bejda, enfatizou em 16 de abril a urgência do programa, afirmando que a modernização já está em andamento para equipar os jatos com tecnologia de ponta.
O F-16V, frequentemente chamado de Viper, representa o ápice da evolução do F-16 Fighting Falcon, um caça multifuncional que tem sido a base das forças aéreas do mundo todo desde seu primeiro voo em 1974. A configuração Block 72 apresenta um conjunto de sistemas avançados que transformam a aeronave em uma plataforma quase de quinta geração.
No centro da atualização está o Northrop Grumman AN/APG-83 Scalable Agile Beam Radar [SABR], um radar de matriz eletrônica ativa [AESA] derivado da tecnologia usada no F-22 Raptor e no F-35 Lightning II.
Diferentemente do radar AN/APG-68[V]9 com escaneamento mecânico nos jatos Block 52+ da Polônia, o APG-83 oferece um aumento no alcance de detecção de até 30%, rastreamento de alvos aprimorado e maior resistência a interferência eletrônica.
Complementando o radar, está o conjunto de guerra eletrônica AN/ALQ-254V[1] Viper Shield, desenvolvido pela L3Harris. Este receptor digital de alerta de radar integra-se perfeitamente ao APG-83, oferecendo detecção antecipada de ameaças e contramedidas coordenadas contra mísseis terra-ar e sistemas de radar inimigos.
Essas melhorias estendem coletivamente a vida útil operacional do F-16V para 12.000 horas de voo, cerca de 50% a mais que os modelos anteriores, garantindo que a frota da Polônia permaneça viável até a década de 2040.
O conjunto expandido de armas do F-16V amplia ainda mais sua versatilidade. A atualização permite a integração de munições avançadas, incluindo o Míssil Conjunto Ar-Superfície Standoff AGM-158 (JASSM), com alcance de mais de 370 quilômetros, e a Bomba de Pequeno Diâmetro II (SDB II), uma bomba plana guiada com precisão projetada para atingir alvos em movimento em todas as condições climáticas.
O pedido da Polônia inclui mísseis AIM-9X Block II Sidewinder para combate aéreo de curto alcance e AIM-120D AMRAAM para engajamentos além do alcance visual, representando um avanço significativo em relação ao armamento atual do Block 52+.
Os 48 caças F-16 da Polônia, entregues entre 2006 e 2008 no âmbito do programa Peace Sky, de US$ 3,5 bilhões, têm sido a espinha dorsal da força aérea polonesa, substituindo os MiG-29 Fulcrums e os Su-22 Fitters da era soviética. No entanto, a configuração do Bloco 52+, embora avançada para a época, tem dificuldades para acompanhar as ameaças modernas.
A atualização do Viper garante que esses jatos continuem relevantes, servindo como uma ponte crítica até que os 32 jatos F-35A Lightning II da Polônia, encomendados em 2020 por US$ 4,6 bilhões, atinjam capacidade operacional total no início da década de 2030.
A sinergia entre o F-16V e o F-35 é um fator-chave nos esforços de modernização da Polônia. A aviônica do F-16V, em particular o radar APG-83 e o datalink Link 16, compartilham semelhanças significativas com o F-35, permitindo a troca de dados sem interrupções e operações coordenadas.
Entre no nosso grupo de WhatsApp
@CAS