Rafale F5 terá novo míssil MBDA RJ10. A nova versão do caça francês Dassault Rafale F5 será equipado com o míssil antirradiação MBDA RJ10, que será o novo míssil SEAD/DEAD do L’Armée de l’air et de l’espace (AAE).
O Rafale F4 já está implementando atualizações Suppression and Destruction of Enemy Air Defenses (SEAD/DEAD). Porém, a principal inovação virá no F5, previsto para entrar em serviço em 2035.
O Rafale F5 não é um retrofit; é uma reinvenção. Será um jato carregado com poder de computação de ponta, links de dados e capaz de comandar um drone de combate furtivo (UCAV) como um ala leal. Esse UCAV derivado do protótipo nEUROn da Dassault Aviation será um multiplicador de força projetado para patrulhar, bloquear e atacar junto com sua contraparte tripulada.
O General Jérôme Bellanger, atual chefe de gabinete da AAE, expôs a visão em uma entrevista de 27 de fevereiro com o Le Figaro. “O campo de batalha se tornou eletromagnético”, disse ele, inclinando-se para a palavra da moda com convicção. Temos que encontrar suas defesas aéreas, imobilizá-los e derrubá-los — rápido.”
O F5 fará exatamente isso, reunindo tecnologia suficiente para preencher a lacuna até a chegada do Future Combat Air System (SCAF), conseguindo transportar um míssil nuclear de 4ª geração ASN4G.
Nenhum caça está completo sem conseguir cumprir missões SEAD/DEAD. E é aí que o míssil RJ10. Desenvolvido pela MBDA sob o programa franco-britânico FMAN/FMC, ele é movido por uma motor ramjet — dai o “RJ” de “ramjet”. Ele voa a Mach 3 a Mach 5.
O RJ10 não é um ato solo — é metade de um acordo de dois mísseis entre dois países: Reino Unido e França. O Reino Unido tem o TP15, uma arma furtiva subsônica, enquanto a França possui o RJ10 supersônico. Programado para o Rafale F5, ele foi projetado para destruir ameaças superfície-ar de curto e médio alcance, de SAMs móveis a conjuntos de radar. O programa Air-Surface Future Weapon (AASF) tem aporte de € 41,9 milhões até 2027, sinalizando o compromisso total de Paris.
“Este não é somente um míssil — é como nós quebramos zonas contestadas”, disse Bellanger.
A França poderia ter emprestado essa tecnologia, mas a potência bruta do RJ10 venceu uma atualização SCALP NG flutuada — um debate que surgiu no outono passado quando o MP François Cormier-Bouligeon sinalizou uma lacuna de capacidade depois que a França enviou SCALPs para a Ucrânia. O Ministério da Defesa não piscou: o RJ10 é o futuro. O RJ10 atingirão alvos de alto valor — pense em abrigos subterrâneos de comando ou baterias de mísseis.
@CAS