Teste com F-35A TR-3 começarão em 2026

6 de setembro de 2025

Teste com F-35A TR-3 começarão em 2026. Foto: USAF.

Teste com F-35A TR-3 começarão em 2026. O programa F-35 deve iniciar os testes finais em voo para aprovar as atualizações do sistema Technology Refresh 3 em 2026, quase dois anos após esses jatos começarem a entrar em serviço — e pelo menos três anos após a data original prevista de entrega.

O Office of the Director, Operational Test and Evaluation disse em seu relatório anual, submetido ao Congresso em 31 de janeiro, que os testes operacionais dedicados para as atualizações Technology Refresh 3 (TR-3), do F-35 provavelmente começarão em meados do final do ano fiscal de 2026, ou por volta do verão americano. Esses testes visam determinar se o TR-3 é operacionalmente eficaz.

O Tenente-General Michael Schmidt, oficial executivo do programa F-35, disse em uma declaração que, até janeiro, a Lockheed Martin entregou mais de 100 caças equipados com TR-3. Todos esses jatos têm software que permite que seus pilotos conduzam voos de treinamento, incluindo treinamento de combate, mas limitados.

“Estamos implementando agressivamente planos de teste abrangentes para garantir que esta atualização crítica forneça capacidades de ponta ao combatente”, disse Schmidt. “O F-35 [Joint Program Office] continua focado em trabalhar com riscos conhecidos para fornecer capacidade de combate TR-3 em 2025. A capacidade continuará a ser melhorada em lotes futuros para garantir que os combatentes tenham o que precisam para vencer em conflitos futuros”.

Um funcionário com conhecimento do programa de testes operacionais do F-35, que falou sobre o programa sob condição de anonimato, disse que o início dos testes operacionais no ano que vem não atrasaria o lançamento dos jatos mais novos. “Não é incomum que as decisões de campo sejam tomadas antes que os testes operacionais sejam concluídos”, disse o funcionário.

O Escritório do Diretor, Teste Operacional e Avaliação disse que os testes do TR-3 não podem começar até que seu software esteja estável e modificações na aeronave, instrumentos de teste de voo e capacidades de modelagem de batalha estejam em vigor. Mas se esses sistemas e softwares estiverem amadurecidos e em vigor antes do esperado, os testes podem começar mais cedo, disse o escritório.

A decisão permitirá que as entregas dos mais novos F-35 sejam retomadas após uma paralisação de quase um ano. O atraso no lançamento dos testes do TR-3 é o mais recente de uma série de contratempos para o caça fabricado pela Lockheed Martin, que fizeram com que os esforços para modernizar o programa ficassem ainda mais atrasados.

TR-3 é um conjunto de melhorias no hardware e software do F-35, que incluem melhores displays, memória de computador e poder de processamento. O TR-3 foi originalmente programado para ser lançado em abril de 2023, mas problemas de software e dificuldades de integração paralisaram o programa.

O Pentágono se recusou a aceitar entregas dos mais novos F-35 até julho de 2024, quando uma versão provisória do software TR-3 que permite que os jatos realizem voos de treinamento foi concluída.

Mas os F-35 habilitados para TR-3 ainda não podem realizar missões de combate. E enquanto o Joint Program Office ainda espera ter os jatos prontos para combate em 2025, o cronograma pode adiar ainda mais. Em uma teleconferência de resultados de janeiro, o diretor financeiro da Lockheed, Jay Malave, disse que o trabalho pode não ser concluído até o início de 2026.

Os atrasos no TR-3 também estão tendo efeitos em cascata nas melhorias subsequentes do F-35 — particularmente outro programa de modernização chamado Bloco 4 – que visa permitir que o jato carregue mais armas, reconheça melhor os alvos e melhore suas capacidades de guerra eletrônica.

O Escritório do Diretor de Testes Operacionais e Avaliação criticou a falta de progresso do programa F-35 na implementação do software necessário.

“O programa F-35 não demonstrou nenhuma melhora no cumprimento do cronograma e dos prazos de desempenho para desenvolver e testar software projetado para corrigir deficiências e adicionar novos recursos”, afirmou o relatório anual do escritório.