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Fruto de um projeto controverso e cheio de reveses, o Lockheed Martin F-35 se tornou arma poderosa nas mãos da Força Aérea Israelense (Israeli Air Force – IAF), que foi responsável por realizar o batismo de fogo da aeronave em 2018. O F-35I, uma versão customizada do F-35A feita exclusivamente para Israel, agrega diversas tecnologias israelenses que se mostraram efetivas nas diversas missões executadas desde sua introdução em serviço. Isso fez dele uma peça-chave na manutenção da estabilidade em uma das regiões mais tensas do planeta.
Ângelo Melo
O programa JSF (Joint Strike Fighter), ou caça de ataque conjunto, tinha o objetivo de desenvolver a nova geração de caças que deveria equipar as forças armadas norte-americanas. Os novos caças de 5ª geração deveriam ser supersônicos, multimissão e agregar tecnologias que possibilitassem sua sobrevivência no campo de batalha do século XXI, como possuir furtividade (stealth) e capacidade de operar em qualquer tempo e terreno. O JSF deveria permitir a substituição dos F/A-18 da US Navy; os AV-8B Harrier II dos fuzileiros navais (USMC); e os F-16 da USAF. No entanto, era um programa muito caro, pois, além de alta tecnologia, previa três versões: uma terrestre, uma de pouso e decolagem vertical e uma naval convencional embarcada.
Para viabilizar tudo isso, ele seria o primeiro projeto dos EUA a ser dividido com parceiros e aliados, sendo oferecido em três faixas de investimento. Ele foi financiado por um consórcio de 9 países. Além dos EUA, ele recebeu aporte financeiro do Reino Unido (Nível I – Parceiro Colaborador); Itália e Holanda (Nível II – Parceiro Associado) e Canadá, Australia, Noruega, Dinamarca e Turquia (Nível II – Parceiro Informado). A Turquia acabou sendo removida do programa em 2019, após a aquisição do sistema de defesa antiaérea russo S-400. Os EUA e o escritório do JSF pediram para o Ancara reconsiderar a compra, o que foi negado pelo governo local, sob alegação de que os russos poderiam obter dados sensíveis do F-35. O resultado mostrou que nenhum F-35A foi entregue a Turkish Air Force (TuAF).
Em 1997, as fabricantes Boeing e Lockheed Martin foram selecionadas para a fase de demonstração de conceito do JSF, com a Boeing apresentando o X-32, uma aeronave monomotora com design furtivo e asas em delta e sistema de propulsão com empuxo vetorial, semelhante ao AV-8B. Já a Lockheed Martin apresentou o X-35, também agregando design furtivo, mas com um conceito mais convencional, baseado no F-22, e um sistema de propulsão que combinava um lifting fan e motor principal. O X-32, apesar de ter um design mais arrojado, apresentava problemas de estabilidade nas manobras de transição entre o voo vertical e horizontal, enquanto o X-35 apresentava maior confiabilidade e um sistema de propulsão mais robusto e eficiente. Em outubro de 2001, a Lockheed Martin venceu a concorrência, recebendo o contrato para projeto e desenvolvimento do JSF, englobando três modelos derivados do X-35. Foi o maior contrato já feito pelo departamento de defesa dos EUA.
Os protótipos X-35A e X-35C realizaram os primeiros voos em 24 de outubro e 16 de dezembro de 2000, respectivamente. Já o X-35B realizou o primeiro voo em 20 de julho de 2001. O programa JSF sofreu diversos desafios e reveses durante seu desenvolvimento e implementação, dentre estes, o constante aumento de custos – algo debatido até hoje. Problemas de produção e mudança de requisitos, além da complexidade tecnológica fizeram com que o orçamento ultrapassasse significativamente as estimativas iniciais do projeto, alcançando em torno de US$ 2 trilhões.
Além disso, o desenvolvimento do F-35 foi marcado por diversos atrasos que impactaram a capacidade operacional das forças aéreas que adquiriram o modelo, bem como diversos problemas técnicos durante o desenvolvimento e nos primeiros anos de operação, como falhas nos sistemas embarcados, problemas com o motor, manutenção e com o software de missão chamado de Technology Refresh. O F-35 recebeu diversas críticas quanto a sua capacidade de combate, além de questões de segurança cibernética, devido à grande quantidade de dados sensíveis que o aparelho coleta e transmite.
F-35A – Aeronave de decolagem e pouso convencionais – CTOL (Conventional Take-Off and Landing), projetada para equipar a Força Aérea, substituindo os F-16C/D/CJ. O F-35A realizou o primeiro voo em 15 de dezembro de 2006, em Fort Worth. Destinado a substituir os Lockheed F-16C/D/CJ, o “Alfa” é uma aeronave de caça convencional típica, similar ao F-22A, não só no aspecto visual, como nos quesitos conceitual e operacional. Das três versões do F-35, esse é o único a ter o canhão rotativo de quatro canos Gatling GAU-22/A (25 mm) com 182 cartuchos e o sistema de Reabastecimento em Voo (REVO) padrão USAF (flying boom + Universal Aerial Refueling Receptacle Slipway Installation – UARRSI). O GAU-22/A é baseado no GAU-12 (usado no AV-8B), que, curiosamente, “quebrou” a forte tradição vista nas últimas décadas do emprego do canhão rotativo de seis canos Vulcan M61 (20 mm) pelos caças americanos. Nas demais versões, o GAU-22 é levado em um pod externo disposto no pilone central da fuselagem, capaz de levar 220 projéteis, e o sistema de REVO adotado é o padrão universal (probe and drogue). Além do F-35A, também foi desenvolvido o F-35I Adir, uma versão customizada para Israel.
O F-35A foi a versão escolhida por 17 dos 20 países que encomendam a aeronave até aqui. Se contarmos o F-35I, são 18 operadores da versão CTOL (EUA, Alemanha, Austrália, Bélgica, Canadá, Coreia do Sul, Dinamarca, Finlândia, Grécia, Holanda, Israel, Itália, Noruega, Polônia, República Tcheca, Romênia e Suíça. A Turquia está tentando reverter sua retirada do programa e voltar a encomendar os F-35.
F-35B – A segunda versão de produção é o primeiro jato supersônico com capacidade STOVL (Short-Take-Off and Vertical-Landing/Decolagem Curta e Pouso na Vertical). Seu primeiro voo foi em 11 de junho de 2008, em Forth WorthTX. O F-35B surge como herdeiro da notável família de jatos Harrier/Sea Harrier. Se excluirmos a presença do sistema Rolls-Royce SDLF e do bocal do motor com empuxo vetorado, responsáveis pela capacidade STOVL da aeronave, externamente, o “Bravo” é basicamente idêntico ao F-35A. O F-35B foi escolhido por cinco (EUA, Reino Unido, Itália, Cingapura e Japão) dos 20 países que encomendam a aeronave até aqui.
F-35C – A versão naval F-35 CV (Carrier Variant) é otimizada para a operação embarcada em porta-aviões convencionais. Ela tem o mesmo comprimento do F-35 e é 10 cm maior que o F-35B. Nasceu da necessidade de a US Navy ter um vetor que formasse junto com os F/A-18E/F/EA-18G, o que hoje é a sua principal força de ataque/defesa aérea. Seu primeiro voo foi em 10 de junho de 2010, em Forth WorthTX. Para atender às especificações da Marinha, o Charlie dispõe de um trem de pouso navalizado e asas dobráveis que possuem uma envergadura 18,3% maior que os F-35A/B (um aumento de 2,4 m). Isso permitiu a introdução de ailerons convencionais, inexistentes nos F-35A/B, em que o controle de rolagem é feito por flaperons e/ou profundores. O F-35C foi adquirido apenas pela Marinha Americana. Ele tem um probe retrátil de REVO do lado direito, e seus profundores são maiores que os F-35A/B. Os EUA são os únicos operadores.
Atualmente, os EUA operam em torno de 675 unidades, englobando as três versões do F-35. A USAF tem uma ordem de compra de 1.763 F-35A; a USMC, uma ordem de compra de 353 F-35B e 67 F-35C; e a USN, uma ordem de compra de 273 F-35C. Além dos EUA, outros 19 países operam ou possuem ordens de compra para o F-35:
Alemanha – Ordem de compra de 35 F-35A.
Austrália – Opera 72 F-35A.
Bélgica – Recebeu seu primeiro F-34A de uma compra de 34 unidades.
Canadá – Ordem de compra de 88 F-35A.
Coreia do Sul – Opera 39 F-35A de um pedido de 60 unidades.
Dinamarca – Opera 4 F-35A de uma ordem de compra de 27 unidades.
Finlândia – Ordem de compra de 64 F-35A.
Grécia – Ordem de compra de 20 F-35A.
Holanda – Opera 39 F-35A de um pedido de 57 unidades.
Israel – Opera 39 F-35I de um pedido de 75 unidades.
Itália – Opera 17 F-35A de um pedido de 60 unidades, além de 6 F-35B de um pedido de 30 unidades.
Japão – Opera 40 F-35A de um pedido de 105 unidades. Possui um pedido de 42 F-35B.
Noruega – Opera 47 F-35A de uma ordem de compra de 52 unidades.
Polônia – Ordem de compra de 32 F-35A.
Reino Unido – Opera 34 F-35B de um pedido de 60 unidades.
República Tcheca – Em negociação um pedido de 24 F-35A.
Romênia – Ordem de compra de 32 F-35A.
Singapura – Ordem de compra de 12 F-35B.
Suíça – Ordem de compra de 36 F-35A.
Em julho de 2024, a Lockheed entregou seu milésimo F-35. Dentre estes, em torno de 670 foram entregues para as forças armadas dos EUA e 325 para os demais clientes. As forças armadas americanas ainda possuem cerca de 1.500 encomendados, que, somando os 720 de outros países, totalizam 2.200 encomendas do modelo, número que deve crescer muito nos próximos anos. Segundo Greg Ulmer, vice-presidente executivo da Lockheed, a produção de F-35 deve alcançar uma taxa de 156 unidades por ano nos próximos 5 anos. Estamos falando de um total de mais de 3.200 unidades.
Em termos de operadores individuais, ele está em serviço em 25 instituições militares: EUA – USAF (F-35A), US Marine Corps (F-35B) e US Navy/US Marine Corps (F-35C); Bélgica – Belgian Air Force (F-35A); Dinamarca – Royal Danish Air Force (F-35A); Holanda – Royal Netherlands Air Force (F-35A); Itália – Aeronautica Militare Italiana (F-35A) e Marine Militare (F-35B); Noruega – Royal Norwegian Air Force (F-35A); Reino Unido – Royal Air Force e Fleet Air Arm (F-35B); Israel – Israeli Air Force (F-35I); Austrália – Royal Australian Air Force (F-35A); Coreia do Sul – Republic of Korean Air Force (F-35A); e Japão – Japan Air Self-Defense Force (F-35A/B).
Ele também foi encomendado por: Alemanha – Luftwaffe (F-35A); Canadá – Royal Canadian Air Force (F-35A); Finlândia – Finnish Air Force (F-35A); Grécia – Hellenic Air Force (F-35A); Polônia – Polish Air Force (F-35A); República Tcheca – Czech Air Force (F-35A); Romênia – Romanian Air Force (F-35A); Suíça – Schweizer Luftwaffe (F-35A); e Cingapura – Royal Singapore Air Force (F-35B).
A participação de Israel no programa JSF remonta ao início dos anos 2000. Em 2003, Israel assinou um contrato de US$ 20 milhões para ingressar no programa de desenvolvimento e demonstração de sistemas (System Development and Demonstration – SDD) dos JSF, que havia sido iniciado em outubro de 2001, como um participante de cooperação em segurança (Security Co-operation Participant – SCP).
Com isso, Israel teria acesso às configurações do programa JSF, a fim de levantar seus requisitos operacionais exclusivos. As tratativas para incorporação de tecnologias israelenses se iniciaram em 2010, ano em que Israel se tornou o primeiro país a adquirir o F-35, através do programa Foreing Military Sales (FMS). Para Israel, era fundamental que os novos caças portassem radar, sistemas de guerra eletrônica (EW) e sistemas de comunicações proprietários, além da capacidade de operar armamento israelense, como vem fazendo há décadas, especialmente, em seus F-15 e F-16, que são totalmente customizados.
Mas a customização do F-35 era praticamente impossível, visto tratar-se de uma aeronave totalmente diferente, com componentes e tecnologias sigilosas. Customizações e acesso ao código-fonte foram vetados pelos EUA, até mesmo aos oito países que formaram com os EUA o consórcio de desenvolvimento do JSF. Mas como Israel iria ter acesso ao código-fonte, se só os EUA tinham acesso?
Para contornar o impasse, o governo norte-americano concordou, em um primeiro momento, em modificar os F-35 israelenses, permitindo instalações de componentes proprietários (made in Israel) e pequenas customizações, desde que Israel se comprometesse em adquirir novos esquadrões de F-35 de futuras produções. O negócio começou a ser montado. Israel compraria vários lotes de F-35. Originalmente, seriam 100 unidades. Como a carta global de encomendas do F-35 seria alta, a Lockheed Martin não conseguira produzir tudo sozinha e, por isso, propôs que partes da fuselagem, componentes e sistemas do F-35 fossem fabricados por companhias israelenses como parte do acordo.
Em 2012, a Lockheed foi contratada para realizar modificações nos primeiros F-35 israelenses para possibilitar a instalação do sistema de guerra eletrônica produzido pela Elbit Systems. Mas as concessões feitas ainda não eram suficientes para atender aos requisitos da IAF sem que fosse aberta a possibilidade de customização dos sistemas operacionais da aeronave.
Para isso, especialistas israelenses propuseram a introdução de uma funcionalidade do tipo plug-and-play ao computador principal do F-35, a fim de permitir a instalação de eletrônicos israelenses como complementos (add-ons). Era uma espécie de porta serial capaz de “ver” e integrar equipamentos, aviônicos e softwares israelenses à versão F-35A.
A Lockheed Martin desenvolveu uma arquitetura de software para controle do F-35 chamada C4I (Command, Control, Communications Computing and Intelligence). Após uma série de negociações e estudos, Israel foi autorizado a desenvolver um módulo adaptável ao topo da arquitetura C4I, que permite coletar e compartilhar dados de datalink com aeronaves F-15I e F-16I. Israel também recebeu permissão para integrar seus kits de guiagem Rafael Spice 1000 (1.000 libras), que utilizam componentes eletro-ópticos e GPS para ataques de precisão. Na prática, o módulo de integração com o C4I faz muito mais que isso e acrescenta muitas funcionalidades que são consideradas secretas.
A versão israelense do F-35A recebeu tantas modificações que foi redesignada, dando origem a uma nova versão: F-35I, com o “I” de Israel. O nome também mudou. Foi de Lightning II para “Adir”, que, em hebraico, significa “O Poderoso”.
Os F-35I podem operar as mesmas armas usadas pelos F-35A, como os mísseis ar-ar AIM-9X Sidewinder, AIM-120 AMRAAM, e bombas GBU-12 Paveway II, guiadas a laser, ou GBU-31 JDAM (Joint Direct Attack Munition), guiadas por GPS para ataques de precisão contra alvos terrestres, bombas SDB (Small-diameter bomb) projetadas para serem carregadas internamente, além de um canhão rotativo Gatling GAU-22/A de 25 mm, com 182 cartuchos.
Atualmente, os F-35I são equipados com uma série de sistemas e sensores israelenses, incluindo o sistema de guerra eletrônica (ECM jamming pod) EL/L-8222 “Mako”, o sistema de designação de alvos Rafael Litening 5 e o sistema de mísseis ar-ar Rafael Python 5 e Derby, além de visores montados no capacete – HMD (Helmet-Mounted Displays) – e avançados sistemas de coleta e processamento de dados desenvolvidos em Israel.
Especula-se que o F-35I já esteja adaptado para operar uma bomba Spice 2000 (2.000 libras) produzida pela Rafael Advanced Weapons Systems. Esta arma pode ser transportada internamente e é protegida contra sistemas de interferência e guerra eletrônica. A Rafael está desenvolvendo versões menores dos mísseis Python e Derby e bombas de penetração para possibilitar o transporte interno, permitindo a operação da aeronave sem interferir na assinatura do RCS (Radar Cross Section).
Israel ainda conta com um grande diferencial na logística. Enquanto outros usuários do F-35 são obrigados por contrato a realizar manutenções temporárias exclusivamente nas instalações da Lockheed Martin em Fort Worth, EUA. Israel conta com suas próprias instalações de manutenção na base aérea de Nevatim, onde recebeu permissão para produzir localmente componentes e a seção externa das asas do F-35. Como muitas das “ferramentas” do Adir são made in Israel, tudo acaba ficando em casa, em termos de manutenção e operação.
No início do programa JSF, a IAF cogitava substituir uma frota de 300 F-16A/B/C/D por 100 unidades do F-35. No entanto, esse número começou a encolher à medida que o programa JSF enfrentava problemas de produção e os atrasos que refletiram no preço unitário dos caças. O primeiro contrato de compra assinado no início de 2012 englobou 20 caças a um preço de US$ 125 milhões por unidade. Em fevereiro de 2015, o governo israelense assinou outro contrato de compra de mais um lote de 14 F-35I, a um custo unitário de US$ 110 milhões. Em novembro de 2016, foi anunciado que o gabinete de segurança israelense aprovou a compra de mais um lote de 17 aeronaves a um custo unitário de US$ 100 milhões. Com esse novo contrato, o número de exemplares pedidos por Israel totalizava 50 aeronaves que deveriam ser entregues até 2026.
As aeronaves do primeiro lote começaram a ser entregues em 2016, com as duas primeiras aeronaves aterrissando na base aérea de Nevatim, em dezembro daquele ano. Em abril de 2017, a frota subiu para 5 unidades com a entrega de mais três caças. Após intensos testes e treinamentos, o F-35I foi declarado operacional pela IAF, em dezembro daquele ano. Em julho de 2019, a IAF recebeu mais dois caças, aumentando a frota para 16 unidades.
Em 2020, foram recebidas outras 4 aeronaves, dentre elas um F-35I para banco de testes. Israel passou a ser o único usuário fora dos EUA a receber esse tipo de aeronave e ter esse tipo de permissão. Por que isso? Justamente pelo fato de a IAF ter uma série de sistemas exclusivos, que exigem uma atenção específica. A unidade foi alocada no Centro de Testes de Voo na Base Aérea de Tel Nof para ser usada em testes e integração de armas e sistemas eletrônicos israelenses para as futuras entregas.
Em 25 de abril 2021, a IAF recebeu mais três caças F-35I que foram incorporadas ao Esquadrão 116, que passou a contar com 11 caças. Em 1º de julho de 2021, a IAF ativou a terceira unidade a operar o F-35I, com a reativação do Esquadrão 117 – “The First Jet Squadron” (“Tayeset Ha’Silon Ha’Rishona”). Em setembro 2021, a IAF recebeu mais três F-35I que foram incorporados ao esquadrão 116. Com essa entrega, a frota de F-35 subiu para 30 unidades. Em 24 de março de 2022, foram recebidos mais três F-35I, que foram incorporados aos esquadrões 116 e 140. Em 21 de julho de 2023, a IAF recebeu mais três F-35I, aumentando a frota para 39 aeronaves. Os novos caças foram incorporados ao Esquadrão 140.
Em junho de 2024, o ministério da defesa israelense anunciou a compra de mais um lote de 25 F-35I para compor um terceiro esquadrão do caça. O contrato de aproximadamente US$ 3 bilhões inclui, além dos caças, suporte técnico e serviços de manutenção. As aeronaves deste lote devem começar a ser entregues a partir de 2028 a uma taxa de três a cinco aeronaves por ano. Com esse último contrato, a frota de F-35I chegou a 75 unidades. A intenção do governo é fechar mais um lote de 25, para atingir a meta de 100 unidades. A frota, hoje, tem 39 F-35I. As matrículas vão de IAF 901 a 950. Os novos 25 F-35I devem ser matriculados de 951 a 975.
Os F-35I estão distribuídos em três esquadrões, todos eles sediados na base aérea de Nevatim (LLNV) no deserto do Negev, sul de Israel. É a maior base, a única a sediar os F-35 e onde está sediado o complexo de manutenção.
Esquadrão 140 – “Tayeset Ha’Nesher Ha’Zahav” (Águias Douradas). O Esquadrão 140 (140 Sq) operava os F-16A/B Netz até sua desativação, em 2013. O esquadrão foi reativado em 2016 para ser a primeira unidade da IAF a operar o F-35I. Estima-se que o esquadrão possua em torno de 15 aeronaves.
@CAS