USAF conduz massivos ataques aéreos contra o ISIS na Síria após a queda do regime de Assad. A USAF conduziu uma série de ataques aéreos contra alvos do grupo terrorista Estado Islâmico na Síria (ISIS). A operação ocorreu em 08 de dezembro, depois da queda do regime do presidente sírio Bashar Al Assad.
De acordo com Comando Central dos EUA (CENTCOM), as surtidas foram realizadas por bombardeiros B-52 Stratofortress, caças-bombardeiros F-15E Strike Eagles e jatos de ataque A-10 Thunderbolt II, os quais atacaram instalações do Estado Islâmico na região central da Síria. Falando sob anonimato, um alto funcionário do governo americano disse à jornalistas que foram lançadas cerca de 140 munições em mais de 75 alvos do grupo terrorista.
Os EUA tentam impedir que o ISIS se aproveite da situação caótica na Síria com a fuga de Assad após a tomada de Damasco por rebeldes liderados pelo grupo Hayat Tahrir al-Sham (HTS). O Pentágono disse que foram ataques aéreos de precisão e que os danos ainda estão sob avaliação, acreditando que não houve vítimas civis.
Em 2019, uma coalizão liderada pelos EUA e seus aliados locais desmantelaram o autodeclarado califado do Estado Islâmico no Iraque e na Síria sob a Operação Inherent Resolve. Os EUA ainda mantém cerca de 900 militares trabalhado ao lado das Forças Democráticas Sírias que lutam contra os remanescentes do Estado Islâmico.
O Comandante do CENTCOM, General Michael Erik Kurilla, alertou diretamente os grupos sírios para que evitem ajudar o ISIS enquanto o país luta para formar um novo governo depois da saída de Assad. “Não deve haver dúvidas — não permitiremos que o ISIS se reconstitua e tire vantagem da situação atual na Síria”, disse Kurilla. “Todas as organizações na Síria devem saber que as responsabilizaremos se fizerem parceria ou apoiarem o ISIS de qualquer forma.”
A queda do regime de Assad ocorreu menos de duas semanas após o início de uma ofensiva rebelde e foi visto com surpresa por oficiais americanos e aliados do Oriente Médio. Ela seguiu à surra que os terroristas libaneses do Hezbollah, aliados de Assad, levaram das Forças Armadas de Israel. O governo de Assad viu a diminuição do apoio da Força Aérea Russa depois da invasão da Ucrânia. O Irã, outro apoiador de Assad, também foi enfraquecido pelos ataques aéreos israelenses em seu próprio território.
O Hayat Tahrir al-Sham foi designado pelos EUA como uma organização terrorista internacional, mas em 2016 rompeu com a Al Qaeda e tem como alvo elementos do ISIS no território que controlava, de acordo com o Center for Strategic and International Studies. Hoje, o grupo se apresenta como uma organização nacionalista que estava comprometida em destituir Assad e construir uma nova Síria.
Com o colapso do regime de Assad, os EUA também está tentando evitar novos conflitos entre milícias apoiadas pela Turquia e as Forças Democráticas Sírias que poderiam dificultar as operações de combate ao Estado Islâmico. Em uma ligação com seu homólogo turco em 08 de dezembro, o Secretário de Defesa Lloyd J. Austin III “reafirmou a importância de evitar ações que possam representar um risco para as forças e parceiros dos EUA, e a missão de derrotar o ISIS”, disse o Pentágono.
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