Guerrilheiros do Grupo Wagner utilizam drones quase artesanais na guerra da Ucrânia. Imagens divulgadas nas redes sociais mostram o cotidiano dos combates na guerra entre a Rússia e a Ucrânia. Nessas postagens se toma conhecimento de táticas de guerra até então desconhecidas, como o uso de pequenos drones produzidos quase que artesanalmente, mas que se tornaram armas mortais.
Uma dessas aeronaves não tripuladas é o “Molniya” (“raio” na tradução livre), um pequeno drone lançado por catapultas, construído com materiais leves como madeira balsa, espuma e tubos de alumínio. Com uma envergadura aproximada de 1,3 metros, alcance operacional de até 40 km, peso total de 8 kg, o drone pode transportar uma carga útil de até 5 kg. Eles são levados pelos guerrilheiros desmontados até o campo de batalha.
Uma dessas cargas levadas pelos “Molniya” são as ogivas KZ-6, desenvolvida para ataques contra alvos blindados. Medindo cerca de 25 cm de comprimento, 11 cm de diâmetro, tem um peso total de 4,8 kg. Ela contém aproximadamente 1,8 kg de explosivos TG-40 de alto poder e detonação eléctrica. A KZ-6 foi originalmente produzida para suprir as forças terrestres em combates contra veículos fortemente blindados. Agora elas tem sido frequentemente usadas em drones na guerra da Ucrânia.
As imagens que ilustram esta nota, mostram um “Molniya” sendo carregado com munição KZ-6 por mercenários do grupo Wagner, provavelmente neste mês de novembro, na região de Kursk, Rússia. De acordo com o Espada & Escudo, a bolacha (patch) que aparece no ombro do militar identifica o Wagner. Ela trás as frases “O Outro Lado da Medalha” (parte superior) e “Verdadeiro Para Contigo” (inferior), expressões que integram os lemas e registos de comunicação desta organização para-militar russa, fundada em 2014 por Yevgeny Viktorovich Prigozhin.
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