VÍDEO: KC-135 da USAF realiza inédito REVO com caças Sukhoi 30. Um KC-135R Stratotanker da 141º Ala de Reabastecimento Aéreo (141st ARW) da Guarda Aérea Nacional (ANG) de Washington, recentemente conduziu uma inédita operação de reabastecimento em voo (REVO) com caças Sukhoi Su-30MKM da Força Aérea Real da Malásia (RMAF).
A missão aconteceu no último dia 12 de novembro, em espaço aéreo da Malásia e envolveu o KC-135R da 141st ARW e três Su-30MKM da Base Aérea da RMAF de Subang. Foi o primeiro REVO na história entre um avião-tanque da USAF e aeronaves de fabricação russa.
O KC-135R disponibilizou para os Su-30MKM seu Sistema de Reabastecimento Multiponto (MPRS), composto por pods com mangueiras e cestos (probe and drogue) montados nas asas. Cabe ressaltar que o padrão REVO utilizado pelas aeronaves da USAF é o sistema de lança (flying boom). O Sukhoi, por sua vez, é equipado com o mesmo padrão de sonda utilizado nos aviões da Marinha dos EUA, Força Aérea Brasileira, entre outras nações.
A instalação do MPRS não exige modificação significativa no KC-135, que tem ampliado seu leque operacional para atender suas próprias necessidades, bem como de forças aliadas, como o caso da Malásia. Desenvolvida em 1994, essa capacidade dupla de reabastecimento foi amplamente utilizada em combate durante a Operação Liberdade do Iraque.
A Malásia foi um dos primeiros usuários de caças russos no Sudeste Asiático, tendo adquirido 18 MiG-29N Fulcrum em 1995 (desativados em 2007), seguidos por 18 Su-30MKM Flanker C em 2007. Desenvolvido para atender as necessidades da RMAF, a versão Su-30MKM continua sendo um ativo fundamental na estrutura de defesa aérea do país. Apesar dos planos de mantê-los em serviço até 2035, a Malásia monitora constantemente a cadeia de suprimentos de componentes dos caças, que está sendo fortemente afetada pelas sanções decorrentes da invasão russa na Ucrânia.
A operação realizada nesta emana vem senso planejada há anos. De acordo com a USAF, “desde 2017, a Washington ANG mantém forte parceria com a Malásia, melhorando a interoperabilidade e as capacidades integradas. Engajamentos como esse reforçam iniciativas lideradas por nossos aliados e parceiros, projetando força ao compartilhar capacidades distintas. Juntos, esses esforços alavancam vantagens estratégicas e operacionais que são essenciais para nossos objetivos compartilhados na região Indo-Pacífico”, afirmou.
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