Em meio aos ataques do Irã a Israel, USAF envia caças ao Oriente Médio. No mesmo dia em que o Irã atacou Israel com mísseis balísticos, a USAF enviou mais três esquadrões estão sendo enviados para a área de atuação do U.S. Central Command (CENTCOM).
O Departamento de Defesa dos EUA anunciou que está reforçando ainda mais a postura de defesa do Oriente Médio ao implantar três esquadrões adicionais da USAF, além ordenar que o grupo de batalha do porta-aviões USS Abraham Lincoln permaneça na área de operações do Comando Central dos EUA (CENTCOM).
As medidas visam deter a agressão e mitigar o risco de um conflito regional mais amplo, disse o Pentágono, já que as tensões sempre altas na área, aumentaram ainda mais após o assassinato ordenado por Israel do líder do grupo terrorista Hezbollah, Hassan Nasrallah, no Líbano em 27/09.
Autoridades dos EUA mencionaram ameaças do Irã de um ataque iminente a Israel com mísseis balísticos poucas horas após anunciar o reforço da postura. Ataque que de fato ocorreu horas depois, em 1/10, com 180 mísseis balísticos disparados do território do Irã em alvos em Haifa e Tel Aviv.
“O Secretário Austin enfatizou que os Estados Unidos estão determinados a impedir que o Irã e parceiros e representantes apoiados pelo Irã explorem a situação ou expandam o conflito”, dizia uma declaração do Secretário de Imprensa do Pentágono, Major-General da Força Aérea Pat Ryder. “Austin deixou claro que, caso o Irã, seus parceiros ou seus representantes usem esse momento para atingir pessoal ou interesses americanos na região, os Estados Unidos tomarão todas as medidas necessárias para defender nosso povo.”
O CENTCOM especificou que um esquadrão F-15E, um F-16C e um A-10C estão sendo mobilizados, com um já tendo chegado à área. Na verdade, os A-10s já estavam a caminho do Oriente Médio bem antes do anúncio, com uma primeira célula de aeronaves chegando à Estação Aérea Naval de Rota, Espanha, para uma escala. São aeronaves do 74th Fighter Squadron da Base Aérea de Moody, Geórgia.
Os dois outros esquadrões (F-15 e F-16) que estão sendo mobilizados em 1/10 se juntarão aos outros que já estão na área: são eles os F-16 do 510th FS da Base Aérea de Aviano, na Itália, e os F-15E do 335th FS da Base Aérea de Seymour Johnson, na Carolina do Norte, mobilizados pela primeira vez na região em abril; além dos F-22 do 90th FS da Base Conjunta Elmendorf-Richardson, no Alasca, mobilizados em agosto.
Outro ativo já na área é o USS Wasp com seu Wasp Amphibious Ready Group que inclui os navios anfíbios USS New York e USS Oak Hill e a 24th Marine Expeditionary Unit (MEU) Special Operations Capable (SOC) embarcada. O USS Wasp (LHD-1) atualmente embarca jatos de ataque AV-8B Harrier, tiltrotores MV-22 Osprey, UH-1Y Venom, AH-1Z Viper e helicópteros MH-60S Sea Hawk.
O US DOD disse que continua monitorando a situação no Oriente Médio, com foco na proteção dos cidadãos e forças dos EUA na região, na defesa de Israel e na redução da tensão por meio da dissuasão e da diplomacia. O secretário Austin falou com o ministro da Defesa israelense Yoav Gallant, deixando claro que os EUA apoiam o direito de Israel de se defender e a necessidade de desmantelar a infraestrutura de ataque do Hezbollah ao longo da fronteira, ao mesmo tempo, em que reafirmou a necessidade de uma resolução diplomática para proteger os civis.
“Deixei claro que os Estados Unidos estão bem posicionados para defender pessoal, parceiros e aliados dos EUA diante de ameaças do Irã e de organizações terroristas apoiadas pelo Irã e determinados a impedir qualquer ator de explorar tensões ou expandir o conflito”, acrescentou Austin. “Reiterei as sérias consequências para o Irã no caso de o Irã decidir lançar um ataque militar direto contra Israel”.
Depois que a Força Aérea Israelense (IAF) empregou seus jatos F-15I Ra’am equipados com bombas bunker-buster GBU-31(V)3/B JDAM auxiliadas por GPS em um ataque de precisão visando o líder do Hezbollah Hassan Nasrallah em 27 de setembro de 2024, as tensões com o Irã mais uma vez subiram. O ataque aéreo, parte da campanha militar em andamento de Israel contra o Hezbollah, é uma grande escalada no conflito regional que tem sido paralelo à guerra contra o Hamas em Gaza.
@CAS