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Projetado nos anos 1970, essa aeronave revolucionou a indústria dos caças de quarta geração e constituiu a espinha dorsal da Força Aérea dos Estados Unidos por décadas. Em produção há mais de 40 anos, o F-16 já soma mais de 4600 unidades fabricadas, tornando-se o caça mais produzido do bloco ocidental na atualidade. A versatilidade, a simplicidade de operação e a taxa de prontidão ficam evidentes nos resultados obtidos nas várias missões em que ele foi empregado.
Com 76 vitórias em combate ar-ar contra apenas uma perda, o F-16 é um dos caças mais eficientes e letais de todos os tempos, que em um futuro próximo, tem boas chances de servir na Força Aérea Brasileira.
Ângelo Melo & Leandro Casella
No final dos anos 1960, a USAF precisava com urgência de um novo caça que combinasse manobrabilidade, desempenho e baixo custo de operação. Esses requisitos foram formalizados no programa Lightweight Fighter (LWF), baseado na teoria de Energia-Manobrabilidade desenvolvida pelo engenheiro e piloto John Boyd, que estabelecia que uma aeronave com peso excessivo teria perdas significativas de manobrabilidade e de desempenho em combates ar-ar.
Lições aprendidas nos conflitos da Coreia e do Vietnã deixaram claro que os pequenos e altamente manobráveis MiG-15/17/19/21 demonstraram grande vantagem em combates aproximados contra os grandes caças norte-americanos da época. No contexto do programa LWF, o caça ideal deveria ser pequeno e leve, a fim de minimizar arrasto e ter alta relação peso/potência. Inicialmente nove empresas se candidataram ao programa LWF, mas os projetos da General Dynamics e da Northrop acabaram sendo os finalistas com o monomotor YF-16 Fighting Falcon e o bimotor YF-17 Cobra, respectivamente. O Northrop YF-17 tinha deriva dupla, como os F-14 e F-15, era movido por dois motores General Electric YJ101-GE-100 turbojato e fez seu primeiro voo em 9 de junho de 1974.
A General Dynamics apresentou um pequeno caça monomotor, com estrutura composta 80% de liga de alumínio e impulsionado por um potente motor turbofan Pratt & Whitney F100-PW-200, o mesmo que equipava o F-15. A combinação de uma fuselagem leve e alta potência do motor deu origem a uma aeronave revolucionária com alta taxa peso/potência, capaz de executar curvas fechadas, sustentando cargas de até 9G, além de sustentar voo acima de Mach 2.
O YF-16 apresentava várias inovações como sistema fly-by-wire, barra de controle lateral e sistema HOTAS (Hands On Throttle-And-Stick). A aeronave recebeu um canopy em formato de bolha em peça única, semelhante aos caças do final da segunda guerra mundial. O canopy e a posição do assento elevado conferem ao piloto uma ótima consciência situacional, permitindo uma visão de 360 graus.
Em 20 de janeiro de 1974, o YF-16 realizou um voo não programado que quase resultou na perda do protótipo. O piloto de testes Phil Oestricher deveria fazer um ensaio de táxi em alta velocidade. Porém, ao aplicar potência no motor e controles de aileron, a aeronave iniciou uma oscilação de rolagem que resultou no choque da asa e profundor no asfalto. Para evitar um desastre, Oestricher decidiu aplicar mais potência no motor, logrando êxito na estabilização da aeronave, mas também iniciando um voo que durou seis minutos, terminando em um pouso suave. Foi um voo não programado. Mas que mostrou o quão o projeto era resistente, pois outra aeronave teria ficado inutilizada.
O primeiro voo oficial do YF-16 (72-1567) foi realizado no dia 2 de fevereiro de 1974, enquanto que o protótipo da Northrop, o YF-17 Cobra, realizou seu primeiro voo seis meses depois em 9 de junho de 1974.
Em abril de 1974, o departamento de defesa decidiu substituir o programa LWF pela competição Air Combat Fighter (ACF) a fim de projetar um caça multifuncional capaz de atuar como caça-bombardeiro. Em 13 de janeiro de 1975, a USAF declara o YF-16 vencedor da competição ACF. Fatores como custos operacionais, alcance, desempenho e manobrabilidade mostraram-se significativamente melhores que seu competidor.
Embora tenha perdido a competição para o F-16 Fighting Falcon, o YF-17 evoluiu e foi selecionado para o novo programa Naval Fighter Attack Experimental (VFAX) da Marinha, dando origem ao F/A-18 Hornet, que acabou sendo selecionado em 2 de maio de 1975 para substituir os A-7E Corsair II e os F-4J/N/S Phantom II tanto na US Navy como no USMC. A Northrop fez uma parceria para desenvolver o F/A-18A que faria seu primeiro voo em 18 de novembro de 1978.
Apesar de ter sido concebido como um caça puro de alta performance para combates ar-ar, o F-16 evoluiu nestes 50 anos a partir de um simples caça leve até se tornar uma plataforma multifuncional para todas as condições de tempo. Com o programa ACF, o modelo foi adaptado para operar como caça-bombardeiro. Nos anos seguintes, com o aumento da capacidade de operar diversas armas, o F-16 assumiu cada vez mais funções, como ataque ao solo, ataque noturno, plataforma antinavio, fotorreconhecimento, supressão de defesas aéreas, plataforma de ataque nuclear tático e guerra eletrônica.
As primeiras unidades de produção foram fabricadas nas instalações da General Dynamics em Fort Worth, TX, a partir do final de 1975. Seria por anos a principal FAL – Final Assembly Line do F-16 no mundo, de onde sairiam dezenas de aeronaves, ao mesmo tempo em que novas versões seriam desenvolvidas, indo dos blocos 1 a 60.
O primeiro F-16A de produção foi apresentado em 20 de outubro de 1976. O modelo recebeu uma fuselagem ligeiramente mais longa, superfície alar maior, e um radome maior para acomodar o radar AN/APG-66. Esses ajustes estruturais aumentaram em 25% o peso da aeronave em relação ao protótipo. Em junho de 1975, após a demonstração do YF-16 no Paris Air Show, em Le Bourget, Bélgica, Dinamarca, Holanda e Noruega assinaram um acordo de parceria para aquisição e desenvolvimento do novo caça. Era a primeira produção fora dos EUA.
O European Participation Group compraria 348 aeronaves que seriam produzidas na Europa, substituindo os antigos F-104. Dessa forma, mais duas linhas de produção surgiram com a SABCA na Bélgica e na Fokker da Holanda, produzindo partes das fuselagens dos F-16 para a USAF e para clientes europeus, além de realizarem a montagem final das unidades destinadas aos países europeus. A SABCA produziu os F-16 para a Bélgica e a Dinamarca e 222 fuselagens. A Fokker produziu para a Holanda e a Noruega, além de 300 fuselagens.
Em 1988, a Turkish Aerospace Industries (TAI) iniciou a produção local para a Força Aérea da Turquia, fabricando 232 aeronaves Blocks 30/40/50. Nos anos 1990, a TAI produziu 46 F-16C/D Block 40 para a Força Aérea do Egito e mais 30 Block 50 a partir de 2010.
Em 1994 foi aberta a última linha de produção do F-16 na Coreia do Sul com a Samsung produzindo até 2006 140 KF-16 (F-16C/D Block 52) para a Força Aérea da República da Coreia (RoKAF).
Em 2017 a Lockheed Martin encerrou a linha de produção do F-16 em Fort Worth, a fim de liberar espaço para a crescente produção dos F-35A/B/C/I. O F-35 ganhava mais clientes e era preciso uma linha dedicada.
Porém, em 2019 a linha de produção foi reiniciada nas instalações de Greenville, na Carolina do Sul, que foi por anos uma fábrica de apoio, produzindo peças para os F-16. A fábrica foi reformulada, ampliada e melhorada, ampliando inclusive, o número de empregos. Mas por quê? Simples, o F-16 continuava sendo um “caça do mundo”, com clientes precisando de suporte, novas aeronaves e, conquistando novos clientes! Com isso, a Lockheed (em 1997 Lockheed Martin) – que comprou a linha de produção da General Dynamics em 1993, resolveu apostar em uma nova versão do F-16 e em uma nova FAL.
Atualmente, a fábrica em Greenville produz os novos F-16V (F-16C/D Block 70/72), além de realizar manutenções estruturais e modernizações de modelos mais antigos. O primeiro F-16 Block 70/72 de Greenville foi entregue em 2022, e estima-se que a fábrica deva produzir ao menos 128 unidades até o final da década. Mas com o mercado em alta, é possível que cheguem a mais de 300 unidades encomendadas.
Ao longo de 45 anos, o programa F-16 produziu várias variantes, sendo seis versões de produção oficial e diversos outros protótipos e versões personalizadas. Melhorias menores foram registradas, usando-se números de blocos (Blocks), atualizações de capacidade operacional (OCU – Operational Capability Upgrade) e atualizações de meia vida (MLU – Mid-Life Update). As principais versões são:
F-16A/B (Block 1/5/10/15/15OCU/20) – Os modelos F-16A monoposto e F-16B biposto constituem a primeira versão de produção. O primeiro F-16A Block 1, #78-0001 foi entregue à USAF em agosto de 1978. Um total de 94 aeronaves Block 1 foram produzidas pela General Dynamics. Aeronaves dos Blocks 5 e 10 trouxeram pequenas mudanças em relação ao seu antecessor, incluindo a cor do radome em cinza e melhorias para aumentar a confiabilidade e taxa de prontidão de missão. Um total de 197 aeronaves Block 5 e 312 Block 10 foram produzidas.
Já o Block 15 trouxe modificações estruturais, como a adição de dois novos pilones para armas, pods e profundores maiores. Foram produzidas 983 aeronaves. O Block 15 OCU é equipado com o motor F100-PW-220 ao invés do PW-200 dos blocos 1 a 15.
O Block 20 foi a última versão dos modelos A e B e trouxe melhorias presentes nas variantes F-16C/D Block 50/52 como o radar AN/APG-66, capacidade de operar misseis BVR AIM-7M Sparrow e AIM-120 AMRAAM, além de atualizações de aviônica e computadores. Um total de 150 F-16A/B Block 20 foram entregues à Força Aérea de Taiwan.
F-16C/D (Block 25/30/32/40/42/50/52) –O primeiro F-16 (Block 25) realizou o voo de estreia em 19 de junho de 1984, sendo entregue à USAF no mesmo mês. Esse bloco inaugurou as versões F-16C/D. Apesar de trazer várias inovações na aviônica, incluindo o radar AN/APG-68, o Block 25 sofreu com vários problemas de software. Externamente, as aeronaves C/D diferem de suas antecessoras apenas na base da deriva, que possui uma estrutura diferente, e contém uma antena em forma de lâmina.
A partir do Block 30, houve uma mudança interessante: a opção de escolha do motor. Os F-16 que recebeu o motor General Electric F110-GE-100, recebeu a designação Block 30, enquanto o Block 32 se refere aos F-16C/D com o motor Pratt & Whitney F100-PW-220.
A adoção foi feita para facilitar a logística, pois houve problemas de custo e confiabilidade com os motores originais PW F100-200. A solução da P&W foi um F100 atualizado, o F100-220. Mas a General Electric também ofereceu o motor o F110-GE-100 à USAF. A ideia de selecionar ambos era, em parte, para manter o custo baixo por meio da competição e, em parte, para evitar que uma frota, então de mais de 1000 aviões fosse aterrada se um problema no motor surgisse novamente. O F110 também foi usado pelos F-14B/D e F-15, e no fim, mais de 80% dos F-16 da USAF adotaram o motor da GE.
Os F-16 C/D Block 40/42 entraram em produção em 1989 e receberam considerável melhoria nos sistemas com a introdução do LANTIRN (Low Altitude Navigation and Targeting Infrared for Night) que conta com pods de navegação e mira, e permite a execução de missões noturnas, de baixa altitude ou em condições diversas de clima. Por essa razão, o modelo ficou conhecido como Night Falcon. Aeronaves do Block 40 também receberam modificações nos trens de pouso e rodas, que são ligeiramente maiores a fim de melhor acomodar os pods do sistema LANTIRN. Como a variante anterior, permite também operar o motor General Electric F110-GE-100 (Block 40) ou o Pratt & Whitney F100-PW-220 (Block 42).
Os Blocks 50/52 começaram a ser produzidos em 1990. O primeiro Block 50 F-16 foi entregue no final de 1991. A aeronave é equipada com GPS/INS aprimorado e pode transportar uma seleção adicional de mísseis avançados: o míssil AGM-88 HARM, JDAM, JSOW e WCMD. Além disto, foi o primeiro F-16 capaz de fazer operações de supressão de defesas (SEAD – Suppression of Enemy Air Defenses), transportando o míssil AGM-88. Aeronaves desse bloco, aptas a realizar SEAD, receberam a designação não oficial F-16CJ/DJ. Os C/D Block 50/52 também podem ser armadas com misseis AIM-120 AMRAAM, AGM-65G Maverick, e foi a primeira versão do F-16 capaz de disparar o míssil antinavio AGM-84 Harpoon.
Além disso, foi feita a versão F-16C/D Block 50/52 + (Plus). As principais diferenças dessa variante são a adição de suportes na fuselagem superior para tanques de combustível conformais (CFT), instalados ao longo da espinha dorsal. Além disso, tem o radar APG-68 (V9), um Sistema de Geração de Oxigênio de Bordo (OBOGS) e um capacete Joint Helmet Mounted Cueing System (JHMCS).
F-16 E/F (Block 60) – O Block 60 foi projetado a pedido da Força Aérea dos Emirados Árabes (UAEAF), e traz diversas melhorias em relação às versões anteriores, incluindo o radar AESA (Active Electronically Scanned Array) AN/APG-80, que permite rastrear e destruir simultaneamente ameaças em terra e ar. O Block 60 é equipado com o motor General Electric F110-GE-132 e possui tanques de combustível conformais que permitem 2.045l adicionais além de diversos dispositivos de guerra eletrônica. Possui ainda um sistema mira laser FLIR/IRST embutido como o F-35 que dispensa a ocupação de um hardpoint além de melhorar o arrasto e diminuir o RCS. Os F-16 E/F Block 60 foram entregues à UAEAF entre 2004 e 2007.
F-16I – Os caças F-16 destinados a Israel sempre foram customizados, desde os F-16A/B do Block 5. O mais customizado é o F-16I Sufa, uma versão biplace baseada no F-16D Block 52 construída especialmente para a Israeli Air Force (IAF). Foram 102 aeronaves encomendadas em 1997, confirmadas em 2001, e entregues a partir de 2004. Ele possui tanques conformais (CFT), radar Northrop Grumman AN/APG-68(V)9 e inúmeros sistemas israelenses em termos de aviônicos, guerra eletrônica e armas. O assento traseiro é dedicado a um oficial operador de armas (WSO), para missões de ataque, interdição e supressão de defesas. É o F-16 com maior capacidade de levar armas ofensivas.
F-16N – A US Navy anunciou em janeiro de 1985 que havia selecionado o F-16 para cumprir seu requisito de treinamento de combate aéreo dissimilar (DACT – Dissimilar Air Combat Training). Eles eram desarmados – inclusive sem o canhão M61A1, só sendo equipados com um pod ACMI (Air Combat Maneuvering Instrumentation). As aeronaves F-16N e TF-16N (biplace) foram baseadas nos modelos F-16 Block 30, e foram todas construídas durante 1987/1988. Elas foram otimizadas para DACT. As fuselagens foram feitas mais leves, e reforçadas para lidar com as cargas contínuas de alta G associadas às manobras de combate aéreo. Para economizar peso, o F-16N foi equipado com o radar APG-66 em uma versão mais leve, dos modelos F-16A/B e o motor GE F110-GE-100. Os 4 TF-16N eram idênticos aos 22 F-16N, exceto pela adição de um segundo assento. Foram desativados em 1995.
F-16V (Block 70/72) – A mais recente versão de produção é o F-16C/D Block 70/72. Também chamada F-16V (Viper), ela foi apresentada em 2012, e conta com várias melhorias estruturais e tecnológicas, incluindo o radar AESA AN/APG-83 que confere capacidades de caças de quinta geração. O APG-83 é integrado ao sistema de guerra eletrônica Viper Shield que incorpora um sistema digital de alerta radar (DRWR).
O F-16V conta também com tanques de combustível conformais, sistema de busca e rastreamento infravermelho (Infrared Search and Track – IRST), sistema automático de prevenção de colisão com solo (Automatic Ground Collision Avoidance System – Auto GCAS) e uma nova tela central em alta resolução (Center Pedestal Display – CPD), que permite ao piloto visualizar imagens táticas como situação ar-ar, mapas móveis e dados dos instrumentos de voo. O Block 70 é impulsionado pelo motor General Eletric F110-GE-129 enquanto o Block 72 é equipado com um Pratt & Whitney F100-PW-229. A versão 70/72 é a única em produção e também pode ser oferecida como modernização dos modelos anteriores, algo que já foi feito em aeronaves F-16C/D, da Grécia, e F-16A/B, de Taiwan.
F-16 MLU – Outro ponto importante foram as atualizações de modelos mais antigos, como os F-16A/B para o padrão MLU ou Mid-Life Upgrade (atualização de meia vida). O objetivo era prorrogar em 20 anos a vida operacional das versões iniciais do F-16A/B Bloco 10/15. O programa surgiu em 1989, com um estudo de dois anos sobre as possibilidades de atualizar o F-16. Em maio de 1991 e 1997, ocorreu a fase de desenvolvimento. Originalmente envolvia EUA, Bélgica, Dinamarca, Holanda e Noruega. E após isso, Portugal, Paquistão e Jordânia aderiram ao projeto. A primeira das cinco aeronaves Teste, Verificação e Instalação (TVI) para a MLU fez seu primeiro voo de Fort Worth, em 28 de abril de 1995. Era o F-16A Block 15 USAF 80-0584 da 20th Fighter Wing sediado na Shaw AFB – Coreia do Sul.
A configuração MLU, trouxe um novo software operacional e permite um aumento significativo das capacidades operacionais. Além disso, o próprio layout do cockpit foi redefinido, aproximando-se das versões mais atuais do F-16, como é o caso dos Blocos 40/42 e 50/52. Foi anexado um novo computador de missão (Modular Mission Computer); atualização do radar APG-66 para a versão APG-66(V)2; introdução de novos sistemas que permitiram interoperabilidade com parceiros OTAN; identificação aprimorada de amigos e inimigos e alvos a longa distância, bem como operar em qualquer condição meteorológica. Foram modificados 380 F-16 para o padrão MLU, que são normalmente designados F-16AM e F-16BM.
F-16 ADF – Em outubro de 1986, a USAF decidiu converter fuselagens de F-16A/B Block 15 para F-16 ADF ou Air Defense Fighter. O objetivo era ter uma aeronave especializada em defesa aérea. As modificações incluíram novos rádios, novo Advanced IFF (APX-109) e uma atualização do radar APG-66, que foi redesignado APG-66A, visando fornecer capacidade de olhar para baixo/atirar para baixo, e capacidade de empregar o míssil BVR semiativo AIM-7 Sparrow. No total, 271 fuselagens, consistindo em 246 modelos A e 25 modelos B foram convertidas entre 1989 e 1992 para a USAF.
Além dos modelos de produção, foram desenvolvidos diversos modelos experimentais, como o F-16SFW, desenvolvido a pedido da DARPA em 1976 para avaliar o conceito de asa de enflechamento invertido (Swept Forward Wing). Outra importante variante do modelo foi o F-16XL que possui asas em delta escalonado, permitindo maior capacidade de combustível e armamento, oferecendo o impressionante número de 27 hardpoints! O F-16XL acabou perdendo a competição Enhanced Tactical Fighter para a versão melhorada do McDonnell Douglas F-15 que originou o F-15E Strike Eagle. Os dois protótipos desenvolvidos foram repassados à NASA para estudos aerodinâmicos.
@CAS