Marinha do Brasil participa da Operação Unitas LXV. A Marinha do Brasil (MB) participa da Operação “Unitas LXV” com a Fragata “Liberal” (F43) e um helicóptero AH-11B “Super Lynx” embarcado. O Exercício ocorre entre os dias 02/09 e 11/09 em Valparaiso, no Chile, e reunirá as Marinhas da Argentina, Chile, Colômbia, México, Equador, Estados Unidos, Reino Unido e Peru.
A “Liberal” desatracou do porto chileno de Punta Arenas no dia 25/08, onde fez parada logística, após o encerramento da Operação “Fraterno”, realizada em conjunto com a Armada da Argentina.
No início do deslocamento, o navio da MB e o Navio-Patrulha Oceânico (OPV) “Marinero Fuentealba” realizaram uma “PASSEX”, exercício realizado entre navios de diferentes Marinhas navegam pela mesma região e as suas rotas permitem um adestramento conjunto. Na ocasião o helicóptero AH-11B da MB operou no convés de voo (convoo) do navio chileno, em um exercício conhecido como “crossdeck”.
Durante o trânsito nos canais chilenos, a Fragata “Liberal” se encontrou com a Fragata Classe Duke tipo 23 “Lynch”, da Armada do Chile, e o Contratorpedeiro Classe Meko 360 “Sarandi”, da Armada Argentina, para iniciar uma sequência de exercícios conjuntos.
Os helicópteros da MB e da Armada Argentina operaram no convoo de todos os navios participantes, transportando militares dos três países para um intercâmbio operacional. Os visitantes a bordo são chamados de “Shipriders” e são empregados em atividades de comunicação para facilitar os contatos entre os navios, além de compartilhar e absorver conhecimentos da Marinha da nação amiga.
Os três navios ainda realizaram uma manobra de aproximação simultânea a curta distância, permitindo o treinamento da manutenção da posição entre as embarcações enquanto navegam no mesmo rumo e velocidade.
“Esses exercícios, que simulam manobras para a transferência de material e pessoal entre navios no mar, envolvem perícia, pois exigem que os navios naveguem muito próximos, o que requer o acompanhamento atento da equipe de manobra durante toda a ação”, explicou o Comandante da Fragata “Liberal”, o Capitão de Fragata Rogério Diniz. O comandante explica ainda que essas manobras devem ser realizadas no menor tempo possível, “para que os navios envolvidos não se tornem alvos vulneráveis a um possível ataque, visto que estarão com seus movimentos restritos”.
Canais chilenos
O navio de guerra brasileiro entrou no Estreito de Magalhães pelo seu acesso oriental, recepcionado pelo Navio-Patrulha Oceânico chileno “Marinero Fuentealba”. Após uma parada logística em Punta Arenas, a Fragata “Liberal” navegou pelos canais chilenos situados ao longo da costa sul do país. Oferecendo uma rota de navegação diferenciada, sob condições meteorológicas instáveis, canais estreitos e sinuosos, há necessidade de navegar em águas restritas por praticamente todo o trânsito, motivo pelo qual oficiais chilenos acostumados com a região foram recebidos a bordo do navio da MB.
“Essa rota nos permite, além de evitar os mares revoltos do Oceano Pacífico, ter uma navegação espetacular, com cenários de picos nevados e uma natureza única”, disse o Almirante Nelson Leite.
Operação “Unitas LXV”
A 65ª edição da Operação “Unitas” contemplará a formação de uma Força Naval Multinacional entre os participantes, que irão operar em apoio mútuo no contexto de uma operação anfíbia de projeção de poder vindo do mar para terra.
“Os exercícios, que acontecerão em águas jurisdicionais chilenas, visam a contribuir para o incremento da interoperabilidade dos meios da Esquadra brasileira e das demais Marinhas, bem como promover a cooperação e o estreitamento de laços de amizade entre as Forças Navais desses países”, destacou o Comandante do Grupo-Tarefa da comissão, o Contra-Almirante Nelson Leite, Comandante da 1ª Divisão da Esquadra brasileira.
Parada Naval
Antes do efetivo início das manobras, os três navios participaram de uma Parada Naval (desfile dos meios navais) nas proximidades de Viña del Mar e da Baía de Valparaíso, no Chile. O tradicional evento naval é realizado no mar ou em portos, no qual um grupamento de navios em formatura apresenta a capacidade operacional e a integração das forças navais.
A Parada Naval visa demonstrar o poder e prontidão das unidades, além de ser realizado para celebrar datas comemorativas ou homenagear instituições e personalidades. As paradas navais ainda destacam a importância estratégica e simbólica de uma Marinha, reforçando seu compromisso com a segurança e a soberania de suas nações.
Fonte: Agência Marinha de Notícias
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