IDF: mais detalhes da Operação “Long Arm” no Iêmen. A Israel Defense Forces (IDF) conformaram que no dia 20/07 realizaram um ataque a vários alvos Houthis no oeste do Iêmen, em retaliação a um ataque fatal de drones pelo grupo rebelde em Tel Aviv no dia anterior. A operação foi batizada de “Long Arm” ou “Braço Longo”.
Os ataques israelenses são os primeiros confirmados em solo iemenita desde que a guerra entre Israel e o Hamas começou em 7 de outubro de 2023. Para muitos, Israel abriu uma nova frente de combate na região, pois além do Hamas, as IDF também estão combatendo o Hezbollah no Líbano.
Esta semana mais detalhes surgiram dos ataques da IDF, efetivado pela Israeli Air Force (IAF). Os ataques foram capitaneados por seis Lockheed Martin F-35I Adir da Israeli Air Force (IAF), do Esquadrão 116, que saíram da base aérea de Nevatim (LLNV), com apoio direto de outras 19 aeronaves F-15C, F-16D Barak e F-16I Sufa.
Resumo do ataque israelense segundo o que se sabe até agora:
As 25 aeronaves F-15C Baz, F-16D/I e F-35I, acompanhadas de aviões de reabastecimento em voo KC-135R da USAF e KC707 Re’em, voaram cerca de 2.000 quilômetros em direção à cidade de Hodeidah, no Iêmen. Há apenas dois meses, a IAF a treinou em missões de reabastecimento na Grécia, o que não foi por acaso, pois já previa alguma aplicação de ataque a longa distância. O maior perigo da Long Arm ocorreu durante o voo de ida, de modo que os F-35I Adir desempenharam um papel central na missão, efetivando a limpeza do longo caminho, protegendo o comboio e realizando os ataques iniciais, aproveitando sua capacidade stealth.
Dezenas de pilotos veteranos, reservistas, comandantes de esquadrão e operacionais. Este foi o ataque mais distante já feito pela IAF. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e o ministro da defesa Yoaf Gallant aprovaram a operação na manhã de sexta-feira, 19/07.
No sábado, às 14h30, foi realizada uma reunião formal de gabinete para aprovação e, por volta das 15h, começaram as decolagens. O escalão político insistiu num ataque israelita e não numa operação conjunta com os EUA, que apenas apoiou com aeronaves de reabastecimento em voo.
O ataque foi realizada em 8 ondas, que destruiu depósitos de combustível, infligiu danos ao porto e destruiu uma central elétrica ao norte do porto. Dez alvos foram atacados em torno do porto de Al Hudaydah, e não apenas em depósitos de petróleo. O fogo seguirá por alguns dias, em especial nos depósitos de combustível. Até o dia 22 de julho, a região está sem energia.
A mensagem do ataque, segundo Israel, é clara: não se trata de um ataque a alvos militares (o que tem sido feito pela coligação ao longo dos últimos 9 meses), mas de um ataque à já em dificuldades economia do Iêmen, causando danos econômicos significativos. O ataque ao porto é uma resposta direta aos danos que os iemenitas causaram ao porto de Eilat. A mensagem para o resto do Médio Oriente também é clara: o porto de Bandar Abbas e a ilha de Kharg, de onde é exportada a maioria do petróleo do Irã, estão na mira de Israel, bem como o porto de Beirute. Israel decidiu tirar as luvas; este não é um ataque menor como os do Irã.
Os Houthis ameaçam retaliar, mas não está claro o que a ameaça implica, uma vez que já atacaram Israel 220 vezes desde outubro de 2023. Esta operação mostrou o poder ofensivo que Israel poderá imprimir contra o Irã, enfatizando a capacidade de atacar a leste de Teerã.
A Operação “Braço Longo” é a primeira operação das IDF no Iêmen desde 1948, quando cerca de 50.000 judeus iemenitas foram transportados de avião de Aden na “Operação Nas Asas de Águia”. O nome é inspirado em Êxodo 19:4: “E eu te carregarei em asas de águia, e te trarei para mim”.
@CAS