F-35I da IAF atacam o Iêmen
F-35I da IAF atacam o Iêmen. A Israel Defense Forces (IDF) conformaram neste sábado (20/07) que atingiu vários alvos Houthis no oeste do Iêmen, em retaliação a um ataque fatal de drones pelo grupo rebelde em Tel Aviv no dia anterior.
Os ataques israelenses são os primeiros confirmados em solo iemenita desde que a guerra entre Israel e o Hamas começou em 7 de outubro de 2023, e ameaçam abrir uma nova frente na região. Os ataques foram efetivados por seis Lockheed Martin F-35I Adir da Israeli Air Force (IAF), do Esquadrão 116, que saíram da base aérea de Nevatim (LLNV)
Vários “alvos militares” foram atingidos na cidade portuária ocidental de Hodeidah, um reduto Houthi, disse o IDF, acrescentando que seu ataque foi em resposta a “centenas de ataques” contra Israel nos últimos meses. “Os Houthis nos atacaram mais de 200 vezes. A primeira vez que eles feriram um cidadão israelense, nós os atacamos. E faremos isso em qualquer lugar onde seja necessário”, disse o Ministro da Defesa israelense Yoav Gallant em uma declaração.
O IDF disse que antes dos ataques “nossos aliados foram informados e atualizados”. Um oficial das IDF não disse quantos locais foram alvos, mas disse aos jornalistas que o porto é o principal ponto de entrada para armas iranianas.
O porta-voz Houthi Mohammed Abdulsalam postou no X que a “flagrante agressão israelense” teve como alvo as instalações de armazenamento de combustível e a estação de energia da província. Ele disse que os ataques visam “aumentar o sofrimento do povo e pressionar o Iêmen a parar de apoiar Gaza”.
Abdulsalam disse que os ataques só farão com que o povo e as forças armadas do Iêmen fiquem mais determinados a apoiar Gaza. “Haverá ataques impactantes”, escreveu Mohamed Ali al-Houthi, do Conselho Político Supremo do Iêmen, no X.
Um meio de comunicação controlado por rebeldes Houthi no Iêmen, a Al-Masirah TV, disse que os ataques às instalações de armazenamento de petróleo e diesel no porto e à empresa de eletricidade local causaram mortes e ferimentos, e várias pessoas tiveram queimaduras graves. Disse que houve um grande incêndio no porto e os cortes de energia foram generalizados. Autoridades de saúde no Iêmen disseram que os ataques mataram várias pessoas e feriram outras, mas não deram mais detalhes.
A ação de hoje é uma resposta aos ataques de drones Houthis, que matou uma pessoa no centro de Tel Aviv e feriu pelo menos outras 10, perto da Embaixada dos EUA na manhã de sexta-feira (19/07).
Praticamente todos os projéteis disparados do país árabe do sul em direção a Israel foram interceptados. Israel disse que as defesas aéreas detectaram o drone na sexta-feira, mas um “erro” ocorreu. Especialistas expressaram dúvidas sobre a capacidade dos Houthis de sobrepujar o sistema de defesa aérea de Israel a cerca de 1.000 milhas (1.600 quilômetros) de distância. “A distância apenas dificulta o lançamento do tipo de barragem que seria necessária para infligir grandes danos”, disse Fabian Hinz, especialista em mísseis e pesquisador do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos.
Em declaração feita hoje, o primeiro-ministro Benjamim Netanyahu declarou: “Ataque ao porto Houthi mostra que Israel alcançará seus inimigos, não importa quão longe estejam”.
Desde janeiro, as forças dos EUA e do Reino Unido têm atacado alvos no Iêmen, em resposta aos ataques dos Houthis a navios comerciais que os rebeldes descreveram como retaliação às ações de Israel na guerra em Gaza. No entanto, muitos dos navios alvejados não estavam ligados a Israel. Os ataques aéreos conjuntos até agora fizeram pouco para deter o grupo rebelde apoiado pelo Irã.
Analistas e serviços de inteligência ocidentais há muito acusam o Irã de armar os Houthis, uma alegação que Teerã nega. Nos últimos anos, as forças navais dos EUA interceptaram vários navios lotados de rifles, granadas propelidas por foguetes e peças de mísseis a caminho do Irã para áreas controladas pelos Houthis no Iêmen.
Os Houthis têm mísseis balísticos de longo alcance, mísseis de cruzeiro menores e “drones suicidas”, todos capazes de atingir o sul de Israel, de acordo com especialistas em armas. Os Houthis são abertos sobre seu arsenal, desfilando regularmente novos mísseis pelas ruas de Sanaa.
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