Líbano quer mais A-29 Super Tucanos. A Força Aérea Libanesa (LAF) busca meios de ampliar a sua frota de aeronaves de asas fixas, especialmente com novos Embraer A-29 Super Tucano. A informação foi divulgada pelo Comandante da Força Aérea Libanesa, Brigadeiro-General Michael Saifi, em recente entrevista.
De acordo com o Brig Gen Saifi, a principal prioridade da força é incorporar mais turboélices armados A-29 Super Tucano, com o objetivo de criar um segundo Esquadrão com essas aeronaves. A informação foi divulgada durante o Global Air & Space Chiefs Conference, realizado em Londres, no Reino Unido.
Há cerca de uma década, o governo libanês adquiriu meia-dúzia de Super Tucanos através do Programa de Vendas Miliatres Estrangeiras (FMS), mantida pelo governo dos Estados Unidos. “Essas aeronaves provaram serem muito úteis”, disse o Oficial General, acrescentando que gostaria de dobrar a frota para fornecer maior cobertura e apoio aéreo aproximado em todo o país.
Além dos caças leves da Embraer, o General Saifi disse que o Líbano busca novos vetores de Inteligência, Vigilância e Reconhecimento (ISR), para capacitar a Marinha em missões de monitoração da área marítima do país. Atualmente a LAF opera drones Boeing ScanEagle, comprados há cerca de cinco anos, utilizados em missões marítimas mas, principalmente, em apoio à operações terrestres.
De acordo com a Aviation Week, o principal problema para capacitar as Forças Armadas é a profunda crise econômica que atinge o Líbano há anos. Manter a prontidão alta, dada a situação, “é um grande desafio”, disse o Oficial, afirmando que a LAF “depende de grande engenhosidade da equipe para manter os equipamentos operando”.
A crise econômica e seu impacto no valor da moeda local dificultaram a retenção de pilotos, diz Saifi, principalmente devido às melhores ofertas salariais concorrentes das companhias aéreas.
A frota da LAF opera vários tipos de aeronaves, incluindo o Cessna AC-208 Combat Caravan que começou a voar no Líbano há mais de 10 anos. Saifi diz que essa aeronave foi usada intensamente durante a primeira fase de combate aos insurgentes do Estado Islâmico, e tem sido empregada em apoio aéreo aproximado e vigilância. Quanto a frota de asas rotativas, o General disse que por enquanto ela está em boa forma e não enfrenta requisitos iminentes de modernização.
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