Voluntário Luciano Schneider mantém a história viva da Base Aérea de Canoas. Em meio às enchentes que assolaram o Rio Grande do Sul recentemente, uma história de paixão e resiliência se destaca. Luciano Schneider, um entusiasta da aviação e atual Recuperador de Aeronaves, viu sua principal fonte de renda, as aeronaves que adquire por meio de leilões da Força Aérea Brasileira (FAB) e recupera para venda, serem ilhadas pela força das águas. No entanto, o amor pela aviação falou mais alto.
Schneider, de 50 anos, nascido em Salvador do Sul, município do Rio Grande do Sul, sempre sonhou em voar alto. Na juventude, tentou ingressar na Força Aérea, mas foi impedido devido à altura. Apesar dessa frustração, sua paixão pela aviação nunca diminuiu. Com uma determinação implacável, ele encontrou uma maneira de permanecer conectado ao mundo dos aviões, tornando-se um especialista na recuperação de aeronaves.
Antes das enchentes, Schneider havia voluntariamente assumido a responsabilidade de recuperar aeronaves expostas na Base Aérea de Canoas (BACO) e nem mesmo as inundações o desviaram de seu propósito. “A aviação sempre foi minha paixão. Poder contribuir com a FAB, especialmente em um momento tão crítico, é uma honra para mim”, declarou Schneider.
Agora, com a Base Aérea de Canoas prestes a completar 80 anos, o trabalho de Schneider é ainda mais significativo. Sua dedicação não só contribui para a manutenção das aeronaves, mas também ajuda a manter viva a história da Organização Militar da FAB.
“Essa parceria que a gente desenvolveu, de uma forma totalmente voluntária com Luciano Schneider, é fundamental para a Base Aérea de Canoas, tanto por conta da singularidade do momento vivenciado no estado, como pelo próprio voluntarismo do Schneider, que se propõe a vir aqui e trabalhar com aquilo que gosta. Ele é um aficionado, um amigo da Força Aérea Brasileira e tem expertise em recuperar monumentos. Aqui ele está colocando um pouco do seu patriotismo e da paixão por aviação, que sinceramente é o que move a maioria dos nossos homens e mulheres que vestem azul. O Schneider não veste azul por fora, ele é um civil, mas a alma dele certamente se reveste de azul. Tê-lo aqui nessa oportunidade de trabalhar, recuperar e manter ainda mais viva a nossa história por meio dos nossos monumentos é muito importante”, destacou o Comandante da BACO, Tenente-Coronel Aviador Thiago Romanelli Rodrigues.
Schneider é um exemplo inspirador de como a paixão e a resiliência podem superar adversidades. Sua dedicação à aviação, mesmo diante de desafios pessoais e ambientais, reforça a importância de seguir nossos sonhos e contribuir para a comunidade de maneiras significativas.
Fonte: FAB
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