China começa produção em série do seu grande avião anfíbio AG600
China começa produção em série do seu grande avião anfíbio AG600. A Aviation Industry Corporation of China (AVIC) iniciou a produção em série de baixa taxa do seu novo avião anfíbio AG600. A fase de produção chega após cerca de uma década desde o início do desenvolvimento deste projeto.
A primeira aeronave de série já está na linha de produção da Huanan Aircraft Industry, parte do grupo AVIC, localizada no Aeroporto de Zhuhai, província de Guangdong. A previsão é que o AG600 receba a certificação de tipo até o final deste ano, antes da entrega da primeira unidade para o cliente.
Em 2017, o AG600 realizou sua primeira decolagem (em terra), e cerca de três anos depois ocorreu a primeira decolagem da água. Os testes aéreos de combate a incêndios com a versão AG600M da aeronave foram concluídos com sucesso em julho de 2023 e os testes de voos noturnos em maio de 2024.
Atualmente a AVIC dispõem de quatro protótipos do AG600, que estão envolvidos na campanha de certificação do modelo. De acordo com a empresa, eles estão em missões de navegação por todo o país para verificar o seu desempenho e conformidade do projeto.
Equipado com quatro motores turboélices Dongan WJ-6, a versão AG600M tem um peso máximo de decolagem (MTOW) de 60 toneladas e uma capacidade para carregar até 12 toneladas de água ou líquido retardante.
Conforme a fabricante, a família AG600 está sendo desenvolvida com foco na capacidade anfíbia e na versatilidade. Estas aeronaves de grande porte tem capacidade para receber diversos tipos equipamentos para atender uma ampla gama de missões, como monitoramento do áreas marítimas, detecção de recursos, transporte de passageiros e cargas e muito mais.
Acredita-se que o programa de hidroaviões da China está tomando forma no contexto da elevação das tensões na região. Isso vai além de questões relacionadas a Taiwan para abranger a soberania de várias ilhas no Mar da China Meridional e no Pacífico Ocidental. Acredita-se que um eventual conflito com os EUA e seus aliados na região envolveria um forte componente aeronaval.
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