FAB homologa procedimentos RNAV no Aeroporto de Caxias do Sul (RS). A Força Aérea Brasileira (FAB), por meio do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), iniciou no dia 13 de junho, a operação RNAV (Area Navigation) no Aeroporto Hugo Cantergiani, em Caxias do Sul (CXJ/SBCX) no interior do Rio Grande do Sul.
Também chamados de RNP-AR (Required Navigation Performance-Authorization Required), os procedimentos de aproximação e pouso foram confeccionados e publicados pelo Instituto de Cartografia Aeronáutica (ICA) e homologado pelo Grupo Especial de Inspeção em Voo (GEIV). Eles permitirão que as aeronaves pousem em Caxias do Sul sob condições mais restritas de visibilidade e teto.
Camadas baixas de nuvens, chuva e nevoeiro são condições meteorológicas que reduzem a visibilidade em diversos aeroportos no país, especialmente na região sul. Esses novos procedimentos deverão reduzir problemas de cancelamentos de voos afetados por essas condições climáticas adversas que constantemente afetam o Aeroporto Hugo Cantergiani.
Para o Chefe do Subdepartamento de Operações do DECEA, Brigadeiro do Ar André Gustavo Fernandes Peçanha, o procedimento proporcionará benefícios para os usuários do transporte aéreo, além de melhorar a operacionalidade do aeroporto. “A iniciativa trará ganhos significativos em termo de incremento nos níveis da segurança operacional e aumento da fluidez e eficiência das operações aéreas”, pontua o Oficial-General.
Com o fechamento do Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, muitas operações foram deslocadas para o terminal caxiense. Segundo dados do Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea, unidade subordinada ao DECEA, na comparação mensal, em maio de 2023, foram realizados 312 pousos e decolagens contra 1.202 ocorridos em maio de 2024. Desta forma, o equipamento será essencial para aprimorar os serviços do Aeroporto Hugo Cantergiani.
“O aeródromo de Caxias do Sul tornou-se um grande hub de operações diante da situação de calamidade apresentada no Rio Grande do Sul. Com a publicação do novo procedimento, as aeronaves poderão realizar pousos em condições meteorológicas mais reduzidas e conseguirão descer a alturas menores que as atuais para obterem condições adequadas para conclusão da aproximação”, esclarece o Capitão Especialista em Controle de Tráfego Aéreo José Guilherme Malta, da Subdivisão de Gerenciamento de Tráfego Aéreo do Segundo Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo.
Fonte: FAB
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