Avibras coloca centenas de funcionários em licença remunerada por tempo indeterminado

Avibras coloca centenas de funcionários em licença remunerada por tempo indeterminado. Em meio a uma grave crise financeira, a tradicional indústria brasileira de armamentos Avibras, colocou cerca de 400 funcionários da unidade de Jacareí, no interior de São Paulo, em licença remunerada por tempo indeterminado.

Com uma dívida acumulada de aproximadamente R$ 600 milhões, a empresa está em processo de recuperação judicial desde março de 2022. Em julho de 2023, credores aprovaram o plano de recuperação judicial da empresa. A decisão de colocar os funcionários em licença remunerada é justificada como meio de reduzir custos e garantir a viabilidade do negócio.

A recuperação judicial serve para evitar que uma empresa em dificuldade financeira feche as portas. É um processo pelo qual a companhia endividada consegue um prazo para continuar operando enquanto negocia com seus credores, sob mediação da Justiça.

A decisão segue um período de layoff (suspensão temporária do contrato de trabalho), encerrado no final do mês passado. De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos, além desses funcionários de Jacareí em licença, outros 800 trabalhadores estão em greve, todos sem receber os salários há mais de um ano.

Segundo a CNN Brasil, a empresa está em negociações avançadas com o grupo australiano DefenTex, para uma possível aquisição. Em maio, a Justiça pediu esclarecimentos sobre essas negociações, atendendo a um pedido do BNDES.

Avibras

Fundada em 1961 por engenheiros do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), de São José dos Campos (SP), a Avibras Aeroespacial é a maior indústria bélica do país, e uma das pioneiras no setor aeroespacial nacional.

A empresa tem sede em Jacareí (SP), e desenvolve motores de mísseis para a Marinha do Brasil e para a Força Aérea Brasileira, além de produzir sistemas fixos ou móveis de C4ISTAR (Comando, Controle, Comunicação, Computação, Inteligência, Vigilância, Aquisição de Alvo e Reconhecimento) e a Aeronave Remotamente Pilotada (ARP) – o Falcão.

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