Adiós Tango 01 !
Adiós Tango 01 ! O antigo Boeing 757 presidencial da Argentina, popularmente conhecido como “Tango 01”, finalmente decolou da Base Aérea de El Palomar, nos arredores de Buenos Aires, onde estava estacionado há mais de oito anos. Ele foi entregue para uma empresa americana como parte do pagamento de outro B757 comprado pela Argentina no ano passado.
O icônico 757-200, antiga matrícula militar T-01 (motivo para seu apelido “Tango 01”), foi comprado novo da fabricante Boeing, em julho de 1992, por pouco mais de US$ 60 milhões pelo então presidente Carlos Menem. Desde a sua chegada ao país, ele serviu a oito presidentes da República Argentina.
A última ilustre passageira do “Tango 01” foi a presidente Cristina Fernández de Kirchner. O sucessor de Cristina Kirchner, o presidente Maurício Macri, ao assumir o mandato no final de 2015, mandou vender o B757.
Em janeiro de 2016 o avião presidencial foi encostado na Base Aérea de El Palomar (EPA/SADP) e não voou mais. Com 32 anos de uso, o “Tango 01” acumulou apenas 14 mil horas de voo, o que é muito pouco para esse tipo de aeronave. Entretanto, diversas tentativas de vendar o jato foram frustradas.
O negócio finalmente foi efetuado em abril do ano passado, quando o T-01 entrou como parte do pagamento um B757 mais novo, comprado pelo governo argentino para servir de avião presidencial (leia aqui).
Com tanto tempo fora de serviço, o Boeing 757, agora matriculado N757CL, passou por uma revisão básica apenas para recolocá-lo em condições de voar no translado até os Estados Unidos. A decolagem de El Palomar ocorreu ontem (06/06) às 14h56 (horário local), e teve como destino inicial o Aeroporto de Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia. As informações são que seus trens de pouso não foram recolhidos neste trecho.
Curiosamente, a clássica pintura presidencial do 757 foi ligeiramente alterada, com os títulos “República Argentina” cobertos e a aplicação de adesivos pretos pela fuselagem. De acordo com o Infobae, quando chegar ao seu destino nos EUA, a antiga aeronave presidencial argentina deverá ser desmontada e seus componentes reutilizáveis (como os motores, por exemplo), vendidos ao mercado.
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