Catar e Kuwait proíbem os EUA de usar seu espaço aéreo para ataques ao Irã. O Qatar e o Kuwait emitiram diretivas aos Estados Unidos, afirmando que os seus caças e aeronaves de combate não estão autorizados a usar bases aéreas destas nações árabes para lançar ataques aéreos contra o Irã, em um eventual apoio a uma retaliação de Israel.
Os EUA tem várias aeronaves estacionadas nas bases militares de Ali Al Salem e Ahmed Al Jaber no Kuwait, e na Base Aérea Al Udeid no Qatar, a maior base aérea dos EUA no Médio Oriente. O aviso é importante, e mostra como o Irã já fez articulações prévias, inclusive avisando que faria o ataque, prevenindo que países da região não “se metessem”.
Não só os aviões de combate dos EUA estão proibidos de utilizar bases militares para ataques a partir do Qatar e o Kuwait, mas estas nações também proibiram a utilização do seu espaço aéreo para quaisquer ações militares contra o Irã. Esta medida limita significativamente a capacidade de Washington de conduzir ataques contra Teerã. Pois não permite que voos de ataque saiam de outros locais da região.
Tanto o Qatar como o Kuwait, que fazem fronteira com o Irã, e por isto, sublinharam a sua posição neutra e o desejo de evitar qualquer conflito na região. Em fevereiro, relatórios indicavam que vários países árabes decidiram restringir as permissões concedidas aos aviões da USAF e US Navy e de aliados de conduzirem ataques aéreos, em especial na Síria, contra grupos pro-Irã, a partir das suas bases aéreas.
As principais bases aéreas árabes, especialmente nos estados do Golfo, acolhem um número significativo de meios militares dos EUA e aliados, incluindo aviões de combate, aviões de reconhecimento, aviões de reabastecimento e drones armados. A limitação veio não só do Qatar e Kuwait, mas também dos Emirados Árabes Unidos.
Agora, com o ataque iraniano, espera-se que os Estados Unidos “protejam” Israel e o apoiem em uma retaliação a território iraniano. Recentemente, o Presidente dos EUA, Joe Biden, declarou que o compromisso de Washington com a segurança de Israel e que tomará todas as medidas necessárias para proteger Tel Aviv dos ataques do Irã e dos seus grupos terroristas.
Esta declaração levanta a possibilidade de os EUA se juntarem num ataque contra o Irã. Entretanto, relatos da comunicação social indicaram que o Irã informou vários países árabes para aconselharem os Estados Unidos a não intervir se o Estado judeu for atacado por Teerã. O Irã alertou que se Washington intervir apoiando Israel, o país terá como alvo as bases militares dos EUA no Médio Oriente.
@CAS