Eurofighter Typhoon celebrou 30 anos do seu voo inaugural. A última quarta-feira, 27 de março de 2024, marcou os 30 anos do primeiro voo do protótipo “DA1” do Eurofighter Typhoon. O voo inaugural ocorreu a partir das instalações da DASA (atual Airbus Defense), em Manching, na Alemanha.
Naquele 27 de março de 1994, o protótipo DA1 do Eurofighter Typhoon, matrícula alemã 98+29, decolou sob o comando do piloto-chefe de testes da DASA, Peter Weger. “Eu sabia que estava pilotando uma aeronave incrível e que tínhamos algo especial. Foi um daqueles dias que você vai lembrar para o resto da vida”, disse Weger.
Os dois primeiros protótipos – DA1 e DA2 – eram equipados com motores RB199, os mesmos do Panavia Tornado. A terceira aeronave, o protótipo italiano DA3, voou em 1995 já equipado com os novos motores Eurojet EJ200, desenvolvidos especificamente para o projeto Eurofighter.
O Programa Eurofighter foi desenvolvido em conjunto pela Alemanha, Reino Unido, Itália e Espanha, sendo que os três primeiros utilizaram sua experiência com o Panavia Tornado. Inicialmente, a França também esteve envolvida no programa Eurofighter, mas posteriormente saiu para investir no Dassault Rafale.
O desenvolvimento do caça europeu começou efetivamente em 1983, e quando o protótipo DA1 voou em 1994 era apenas conhecido como Eurofighter. O nome Typhoon foi adotado em setembro de 1998.
Nessas três décadas o Eurofighter Typhoon se tornou uma aeronave de combate multifuncional consolidada, empregada eficientemente em missões de combate ar-ar e ar-solo. O Typhoon segue em desenvolvimento para manter o projeto atualizado pelas próximas três décadas.
“O Eurofighter Typhoon se tornou a espinha dorsal da defesa europeia e um trunfo fundamental para as nossas forças aéreas. Ao mesmo tempo, o programa Eurofighter desempenhou um papel fundamental para a indústria aeronáutica do Reino Unido, Alemanha, Itália e Espanha e continuará a fazê-lo durante muitos anos. A expectativa é manter o Typhoon operacional por mais 30 a 40 anos”, disse Giancarlo Mezzanatto, CEO da Eurofighter.
Atualmente o consórcio Eurofighter é mantido pelas empresas Airbus (Alemanha e Espanha), BAE Systems (Reino Unido) e Leonardo (Itália), que produzem os principais componentes da aeronave. A montagem final é realizada em quatro linhas de produção: Airbus Alemanha, em Manching; Airbus Espanha, em Getafe; BAE Systems Reino Unido, em Warton; e na Leonardo Itália, em Turim.
Nove países encomendaram 680 Eurofighter Typhoon, sendo que 603 já foram entregues. Os Typhoon são a espinha dorsal das Forças Aéreas da Alemanha, Espanha, Itália e Reino Unido, além de cinco clientes de exportação, a Áustria, Arábia Saudita, Omã, Kuwait e Catar.
Atualmente a Airbus Alemanha trabalha na produção de 38 Typhoons Tranche 4, ou Quadriga, para a Luftwaffe, que substituirão as aeronaves mais antigas entre 2025 e 2030. Da mesma forma, a Airbus Espanha entregará 20 novos Tranche 4, ou Halcon I, para a Força Aérea Espanhola entre 2026 a 2030, e futuramente 25 aeronaves já aprovadas como parte do Projeto Halcon II.
Além disso, a Airbus alemã desenvolve a variante de guerra eletrônica Eurofighter EK (Electronic Combat) para a Luftwaffe. Eles substituirão os Tornados ECR nas missões SEAD (Supressão da Defesa Aérea Inimiga) a partir de 2030.
@FFO