FAB realiza últimos lançamentos na Terra Indígena Yanomami. A Força Aérea Brasileira (FAB) realizou os últimos lançamentos de suprimentos para as comunidades da Terra Indígena Yanomami (TIY), pela Operação Catrimani, em Roraima. A operação foi realizada por duas aeronaves C-105A Amazonas do Primeiro Esquadrão do Nono Grupo de Aviação (1º/9º GAV) – Esquadrão Arara, que lançaram 12 CDS (Container Delivery System).
Através da Portaria GM-MD nº 263, de 16 de janeiro de 2024, a Operação Catrimani tem como objetivo fornecer assistência humanitária às comunidades indígenas da TIY, em caráter temporário, por meio do apoio logístico na distribuição de cestas de alimentos às comunidades indígenas, além de Evacuações Aeromédicas (EVAM) e, ainda, apoio aos Órgãos de Segurança.
O Capitão Aviador Glauber Ribeiro Constantino, comandante de um dos C-105 Amazonas, destacou aspectos importantes da atuação do Esquadrão Arara na Operação. “A atividade de ressuprimento aéreo em apoio ao povo Yanomami proporcionou ao Esquadrão Arara cumprir com maestria a missão de integrar a região amazônica, desenvolvendo a operacionalidade de seus tripulantes nos lançamentos aéreos no método CDS. Nesse contexto, também foi utilizada a capacidade máxima da aeronave C-105 Amazonas de lançar sete CDS em uma única passagem, atividade inédita alcançada pelo Esquadrão. A sensação de cumprimento de propósito e superação tomaram conta de todos os envolvidos no lançamento”, afirmou.
Em complemento, o Capitão Aviador Talyson Monte de Almeida, Comandante do segundo C-105, ressaltou a gratidão de toda a tripulação nesse momento marcante da Operação. “O sentimento é de missão cumprida, depois de muito esforço e tantas horas voadas. Para nós é um marco fechar essa Operação e fazer esse último lançamento das cestas em apoio, mais uma vez, aos povos indígenas da TIY”, destacou.
Ao todo, a Operação Catrimani contou com a atuação de 374 militares da Marinha do Brasil (MB), do Exército Brasileiro (EB) e do efetivo de Unidades da FAB distribuídas por todo o país, além do emprego de aeronaves como o C-98 Caravan e o H-60L Black Hawk da FAB; o HM-1 Pantera, o HM-2 Black Hawk e o HM-4 Jaguar do EB; e o UH-15 Super Cougar da MB. Atuando de forma coordenada e em apoio mútuo, os vetores engajados na Operação já chegaram a 2.400 horas de voo, realizando a entrega de 360 toneladas de suprimentos às comunidades indígenas da TIY.
“Devido às condições da pista e a capacidade da Força Aérea Brasileira de efetuar esse tipo de lançamento, o uso da aeronave C-105 Amazonas propiciou uma maior eficiência no transporte das cestas de alimentos a Surucucu, com um custo menor do que se fossem transportadas por intermédio das aeronaves C-98 Caravan, por exemplo. Além desse ganho de eficiência, conseguimos deixar as nossas tripulações mais adestradas para o emprego real dessa capacidade que a FAB detém”, explicou o Chefe do Estado-Maior do Comando Operacional Conjunto (COpCj) Catrimani, Brigadeiro do Ar Eduardo Miguel Soares.
Lançamentos de CDS
Equipados com paraquedas instalados pelo Batalhão de Dobragem, Manutenção de Paraquedas e Suprimento Pelo Ar (B DOMPSA), os CDS eram lançados pelos C-105A em uma altura aproximada de 200 metros. Após recuperados em solo pelos militares do Quarto Pelotão Especial de Fronteira (4º PEF) de Surucucu, os paraquedas e suas cadarçarias eram levados de volta para a Base Aérea de Boa Vista pelos monomotores C-98 Caravan da FAB, para serem utilizados novamente.
“A função do especialista DOMPSA nas missões aéreas de lançamento de carga média é prestar apoio à tripulação com qualquer informação que envolva paraquedas na carga. Somos responsáveis por acompanhar o embarque da carga na aeronave, ficamos em condições de configurar a carga para o lançamento, apoiamos a tripulação com o lançamento propriamente dito e ainda realizamos funções em emergências”, descreveu o integrante do Batalhão de Dobragem, Manutenção de Paraquedas e Suprimentos pelo ar (B DOMPSA), Sargento Matheus de Souza Maia.
Fonte: FAB
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