Programa do F-35 Lightning II finalmente alcança taxa de produção total. O Pentágono anunciou em 12 de março, que o Subsecretário de Defesa para Aquisições e Suporte, Dr. William A. LaPlante, assinou a aprovação para a produção total, ou Milestone C / Full Rate Production (MSC/FRP) dos caças F-35 Lightning II. A aprovação ocorreu na assinatura de um Memorando de Decisão de Aquisição após uma reunião com o Conselho de Aquisição de Defesa realizada na semana passada (07 /03).
O marco foi atingido depois das análises de resultados dos testes e avaliações operacionais inicial e de combate real aos quais os F-35 foram submetidos, bem como critérios de desenvolvimento do programa, demonstração de sistemas, conformidade com a documentação, estratégia de produção futura e projetos de aquisição. Para alcançar o MSC/FRP é necessário rigoroso controle no processo de fabricação, desempenho e confiabilidade, além do estabelecimento de linhas de sustentação e suporte.
“É uma grande conquista para o Programa F-35. Esta decisão – apoiada por meus colegas do Departamento – destaca que os Serviços, Parceiros do Programa e clientes Estrangeiros que o F-35 é estável, e que todos os requisitos estatutários e regulatórios foram adequadamente abordados. O Programa F-35 é o principal sistema que impulsiona a interoperabilidade com nossos aliados e parceiros, ao mesmo tempo que contribui para o componente integrado de dissuasão da nossa Estratégia de Defesa Nacional”, afirmou LaPlante em comunicado.
Embora a Lockheed Martin já tenha fabricado cerca de 1.000 unidades e entregue mais de 900 caças F-35, o programa ainda era considerado na fase inicial de testes operacionais e na produção inicial de baixa taxa. Com o MSC/FRP, o Departamento de Defesa afirma que o programa agora consolidado para continuar produzindo as aeronaves com eficiência para atender às crescentes necessidades dos EUA e de parceiros.
“Estou muito orgulhoso da nossa equipe e dessa grande conquista! A empresa fez melhorias significativas na última década e seremos sempre motivados a melhorar continuamente a sustentabilidade, a interoperabilidade e a letalidade para que os combatentes tenham a capacidade necessária para lutar e vencer. Além disso, os envolvidos no Programa podem agora se concentrar no futuro do F-35”, disse o Tenente-General Mike Schmidt, Diretor e Oficial Executivo do Programa F-35.
O atraso na obtenção da FRP se deveu principalmente aos problemas no Ambiente de Simulação Conjunta (JSE), que foi fundamental para a conclusão do Teste Operacional Inicial e Avaliação do F-35, que por sua vez foi necessário para atingir o MSC. O JSE é importante porque ele pode reproduzir os exercício e testes mais complexos de algumas ameaças modernas capazes de saturar as capacidades da aeronave.
O JSE fornece uma representação digital de ambientes e integra os tipos de ameaças modernas adicionais, em densidades maiores, com capacidades de ameaça não disponíveis nas faixas de combate normalmente encontradas em cenários reais. Os testes no JSE culminaram nos 42% finais (64 eventos) dos eventos de teste de missão exigidos nos Testes e Avaliações Operacionais Iniciais (IOT&E), concluídos em setembro de 2023.
“A Diretoria de Testes e Avaliações Operacionais (DOT&E) analisou os resultados dos IOT&E e dos Testes em Combate Real e entregou um relatório consistente conforme determina a lei para que seja aprovada a MSC/FRP. Um anexo a parte avaliou os testes dos softwares 30P06 e 30P07 do F-35 Bloco 4. Uma das preocupações do DOT&E é continuar a melhorar os testes para apoiar o desenvolvimento das futuras capacidades do Bloco 4, o que inclui a integração no JSE”, disse o Dr. Raymond D. O’Toole Jr., Diretor Interino de Teste Operacional e Avaliação.
De acordo com um relatório do DOT&E, o desenvolvimento dos softwares de sistema de missão do Bloco 4 estão passando problemas de integração com o hardware Technology Refresh 3 (TR-3), o que está causando novos atrasos nos testes com o TR-3. Além disso, nem toda a instrumentação necessária para testes de voo ainda não está disponível e o JSE ainda precisa corrigir deficiências observadas nos testes operacionais do Bloco 4.
@FFO