FAB intensifica ações na região amazônica com Operação Catrimani. Na última segunda-feira (22/01), um helicóptero H-60L Black Hawk da Força Aérea Brasileira (FAB) apoiou a Polícia Federal (PF) em uma ação que resultou na destruição de uma aeronave utilizada pelo garimpo ilegal na região da Terra Indígena Yanomami.
Além de operações em apoio ao combate de garimpo ilegal na Amazônia, o Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE) da FAB deverá realizar a distribuição de alimentos em caráter emergencial às comunidades indígenas da região, através do Comando Operacional Conjunto Catrimani, ativado em 17 de janeiro e que se estenderá até o dia 31 de março de 2024.
Até o momento, a FAB destacou dois C-105 Amazonas para o apoio aerologístico na Operação Catrimani, sendo um do Primeiro Esquadrão do Nono Grupo de Aviação (1º/9º GAV – Esquadrão Arara) e um do 1º/15º GAV – Esquadrão Onça, localizados em Manaus (AM) e Campo Grande (MS), respectivamente. Essas aeronaves fazem o lançamento de aproximadamente 140 cestas por voo.
Além disso, quatro monomotores C-98 Caravan estão realizando missões em apoio à operação, sendo dois do Sétimo Esquadrão de Transporte Aéreo (7º ETA – Esquadrão Cobra), baseado em Manaus (AM), um do 1º ETA – Esquadrão Tracajá, de Belém (PA), e um orgânico da Base Aérea de Boa Vista (BABV).
Na sexta-feira (19/01), as primeiras 600 cestas entregues pela Fundação Nacional dos Povos Indígenas (FUNAI) chegaram à BABV. De lá, as aeronaves da FAB transportaram os alimentos para a área indígena de Surucucu, de onde as cestas serão distribuídas com apoio de helicópteros das Forças Armadas. A previsão é que a FAB realize o lançamento de cerca de 300 cestas por dia, na base de apoio de Surucucu.
Monitoramento do Espaço Aéreo
O monitoramento na região foi intensificado em 2023 por meio da ativação da Zona de Identificação de Defesa Aérea (ZIDA) sobre o espaço aéreo sobrejacente e adjacente à Terra Indígena Yanomami, a fim de incrementar as ações de repressão ao garimpo ilegal.
A ZIDA permanece ativada e os sobrevoos previstos estão autorizados, desde que seja preenchido o plano de voo regulamentar e seguidas as regras de tráfego aéreo, além das observações técnicas disponíveis a todos os tripulantes, em especial os NOTAM (Aviso aos Aeronavegantes) G2260/23 e G2261/23.
O Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE) utiliza a rede de radares existente para o controle do espaço aéreo e, em complemento, tem mantido operações inopinadas de Inteligência, Vigilância e Reconhecimento (IVR), principalmente com aviões-radar E-99 que aumentam significativamente a capacidade de cobertura do monitoramento realizado diuturnamente pela FAB.
“Trata-se de um cenário dinâmico e de operação complexa, à luz das legislações e protocolos em vigor, em uma área correspondente ao tamanho de Portugal”, ressalta o Coronel Aviador Leonardo Venancio Mangrich, do Centro Conjunto de Operações Aeroespaciais (CCOA) do COMAE. “Qualquer voo sob monitoramento do controle do espaço aéreo brasileiro é submetido sistematicamente aos processos de identificação e, em sendo necessário, utilizando-se aeronaves de defesa aérea. Isso é um trabalho realizado em todo o território nacional”, completa o oficial.
Fonte: FAB
@FFO