Uganda perdeu em acidente um dos seus helicópteros Mi-28N Havoc. No dia 02 de janeiro, a Força de Defesa do Povo de Uganda (UPDF) perdeu em acidente um dos seus helicópteros de ataque de fabricação russa Mil Mi-28N (designação OTAN “Havoc”). Morreram na queda os dois tripulantes do helicóptero, além de um civil atingido em solo.
O Mi-28N estava em deslocamento para o Congo, onde as Forças de Defesa de Uganda atuam em missões conjuntas com aliados no combate aos grupos extremistas islâmicos na região. De acordo com as informações, o helicóptero teria se chocado contra uma edificação civil no distrito de Ntoroko, perto da fronteira com o Congo.
O porta-voz das Forças de Defesa Popular do Uganda, Brigadeiro Felix Kulayigye, confirmou a morte dos dois militares e do civil em solo, e citou o mau tempo em rota como um possível fator contribuinte para o acidente. O Oficial ainda informou que o Mi-28N era um dos três helicópteros deste modelo que compunham a frota da UPDF.
Os helicópteros Havoc da Força de Defesa do Povo de Uganda foram vistos pela primeira vez em 15 de junho de 2022, quando foram divulgadas imagens do presidente Yoweri Museveni em uma cerimônia na Base Aérea de Entebbe, capital do país (veja mais detalhes).
Em julho do ano passado, a UPDF divulgou imagens dos Mi-28N demonstrando seu poder de fogo em exercícios de treinamento em Karama.
Fabricado pela JSC Rostvertol, uma empresa do grupo Russian Helicopters, o helicóptero de ataque Mi-28 voou pela primeira vez em novembro de 1982. A versão Mi-28NE Night Hunter foi lançada no final da década de 1990, e tem alta capacidade de munição, com uma gama de armamentos que vão desde um canhão móvel automático de 30 mm, passando por mísseis antitanque guiados com um alcance de até 10 quilômetros, mísseis guiados ar-ar, foguetes não guiados, até pods laterais para canhões e bombas de até 500 kg.
O Havoc “Night Hunter” tem alta capacidade de sobrevivência em combate, uma vez que as pás do seu rotor principal são capazes de suportar o impactos de um projétil de 30 mm. Além disso, todas as suas janelas da cabine são blindadas e o cockpit é protegido por uma armadura de cerâmica. Além da Rússia, os Mi-28 são operados pela Argélia, Iraque e Uganda, além de um pedido de Bangladesh.
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